terça-feira, 28 de junho de 2011

Como estudar História

Estudar o passado pode ser muito agradável e útil, principalmente se pudermos evitar de cometer os mesmos erros de nossos ancestrais. Aprender com a experiência alheia é valioso.
Você deve analisar os eventos históricos, mas sem aquela preocupação de memorizá-los. A "decoreba" tornou-se raridade no vestibular, pois agora predominam questões interpretativas, mais subjetivas, opinativas... O examinador fornece-lhe um texto, escrito por algum historiador prestigiado tipo Eric Hobsbawn, Eduardo Galeano ou Leo Huberman, e você acaba induzido (canalizado) a assinalar a alternativa correta - espera-se.
Conhecer o fato histórico não basta; agora é necessário saber interpretá-lo de acordo com o matiz ideológico dos examinadores. Certas questões abordam críticas veladas (ou até declaradas) à globalização, ao neoliberalismo, etc. Até aí tudo bem, em História é realmente importante assumir um pensamento mais crítico, duvidar de certos posicionamentos tradicionais ou clássicos, mas, com isso, as provas ficaram bem subjetivas. Não há mais aquela objetividade dos antigos exames tipo "decoreba".
Muitos vestibulandos já entraram em contato comigo, desesperados, porque não conseguiam compreender aonde o examinador queria chegar. Ficavam em dúvida entre duas alternativas, perdendo um tempão valioso.

O que fazer, então?

Resposta: devemos procurar conhecer ANTECIPADAMENTE as opiniões prevalecentes dos principais historiadores contemporâneos, como Eric Hobsbawn e outros. Assim, na hora "H" do vestibular, ganha-se um tempo valioso nas questões.
90% dos vestibulandos estudam História por meio de um único livro, mas essa decisão é arriscada, pois fica-se restrito a um único autor. Em Medicina, é sempre bom ter uma segunda opinião e, em História, não apenas uma segunda, mas também uma terceira, quarta, quinta, etc. Quanto mais pontos-de-vista diferentes você conhecer, mais traquejo você terá nas provas.
A melhor maneira de ganhar tempo nas questões de História é "perder tempo" estudando por dois livros, no mínimo. Quanto mais exposição você tiver à matéria, mais a prova tenderá a ser um passeio no parque.
Isso exigirá mais tempo de estudo, mas vale a pena, pois com isso você obterá um diferencial importante frente à concorrência mais acomodada. Você certamente obterá uma clara vantagem competitiva. Chamo a isso de obter MULTIVISÃO, ou seja, um conjunto de diferentes visões sobre um mesmo fato histórico. Quanto maior sua multivisão, melhor.

Tesouros do passado


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Será que livro de História necessita ser recente? Por incrível que pareça, não. Uma obra publicada em 1975 pode servir muito bem para os vestibulares atuais. Em Geografia, um livro de 1990 pode ser considerado antigo, obsoleto, defasado, pois ainda traria a velha União Soviética em seus textos e mapas.
Mas o mesmo NÃO se dá com um bom livro de História. Existe um livro antigo, mas EXCELENTE, chamado "Pequena História da Civilização Ocidental", do Prof. Idel Becker. Trata-se de um tesouro do passado, pois seus textos são muito agradáveis de ler durante horas a fio.
Infelizmente, essa obra não é mais publicada, mas pode ser encontrada nos bons sebos a um preço bem acessível. Tenho um exemplar em casa, todo "detonado", de tanto que usei e folheei. Recomendo de coração e com o hemisfério esquerdo do cérebro. :) hehehe É realmente um livro excepcional. Valerá cada centavo investido.
Sua sétima edição tem 540 páginas, o tamanho assusta um pouco, mas dá para ler grandes volumes de texto em pouco tempo por causa do estilo agradável, claro e direto. O autor fez um trabalho nota mil.
O que me deixa intrigado é por que um livro tão finamente escrito e editado como esse nunca mais foi impresso. Será que a aparência volumosa, lembrando um "tijolo" de 540 páginas, o fez encalhar nas livrarias? Será que os leitores em potencial ficaram intimidados com o tamanho da publicação?
Seja como for, lamento que um livrão bacana desses tenha desaparecido do mercado editorial, pois merecia sobreviver.
Existem duas outras publicações de qualidade que sumiram do mercado (infelizmente) e agora somente são encontradas nos bons sebos. Ei-las:
- Nova História, autores: Adhemar Martins Marques e Ricardo de Moura Faria.
- História da América, autor: Florival Cáceres.
Os dois livros mencionados são concisos, diretos e prestam-se muito bem para uma rápida revisão da matéria. O "Nova História", particularmente, condensa de modo magistral todo o conteúdo de História Geral e História do Brasil. Trata-se de uma obra completa.
Se você tiver a grata oportunidade de adquirir estes autênticos "tesouros do passado", leia-os com todo o carinho e atenção, pois lhe darão uma boa vantagem competitiva. E, além disso, o custo de aquisição é baixo.
Esses livros antigos compõem o que chamo de "trio parada dura" para aprender História com força total. Tenho-os em casa e, de vez em quando, dou uma rápida revisada em alguns assuntos. Valorizo certas publicações antigas, da mesma maneira que, no Renascimento, os textos greco-latinos foram redescobertos e revalorizados. :)

Tesouros do presente

Há um site nota dez, o http://www.historianet.com.br/ , mantido pelo ótimo Prof. Cláudio Recco, que também é autor do livro "História e Vestibular". O História Net disponibiliza, gratuitamente, uma grande quantidade de textos bem-escritos. É a melhor referência de História em língua portuguesa que conheci nos últimos tempos.
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Considero o livro "História e Vestibular" uma importante referência para quem deseja se preparar bem para o vestibular. É um tesouro do presente.

Técnicas para estudar História

1) Faça resumos inteligentes: quando estudar um determinado tema (Revolução Francesa, Feudalismo, Renascimento, etc), focalize sua atenção nas causas e conseqüências de cada evento histórico. Quem lucrou? Quem perdeu? Como foi o processo, quais foram as ocorrências historicamente relevantes e que podem ser exploradas no vestibular?
2) Siga o dinheiro: ao longo dos tempos, sempre houve um pequeno grupo social que predominava e quase sempre se dava bem. Mas, não raro, a bonança durava no máximo alguns séculos; depois surgia uma nova classe social que ascendia e tomava o poder, por bem ou por mal. Algumas vezes, essa transição era relativamente lenta, tranqüila e negociada; em outras, foi violenta, gerou revoluções traumáticas e sanguinárias.
Para verdadeiramente entender os processos históricos, siga o dinheiro. Analise quem eram os detentores do poder econômico, pois os fenômenos políticos, militares e sociais geralmente escondem fortes interesses monetários. Uma classe com poder econômico raramente admitia ficar de fora das altas esferas políticas e sociais. Mais cedo ou mais tarde, os detentores do dinheiro acabavam por tomar o poder ou por influenciá-lo fortemente.
3) Pense o pior dos chamados "vultos históricos", pois aí você terá um quadro realista do que aconteceu numa determinada época. A natureza básica do ser humana é essecialmente mesquinha e egoísta. Raras foram as manifestações de altruísmo e humanidade, infelizmente.
Os eventos "ganha-perde" foram muito mais numerosos do que os "ganha-ganha". A predação e o parasitismo predominaram sobre a cooperação e a competição leal. Nossas vidas devem ser norteadas pelo sagrado princípio do "ganha-ganha", mas infelizmente sempre existiram e existirão predadores, parasitas e criminosos em geral a esgarçar o tecido social.
Você notará, em seus estudos, que muitos buscaram prestígio, fama, grana, poder, etc, de modo maquiavélico, brutal e até mesmo doentio, esquecendo-se de priorizar o que realmente importa: a própria saúde e uma vida digna, ética, correta.
Um exemplo clássico dessa miopia é o do frio e cruel Stálin, que perseguiu e mandou eliminar milhões de pessoas inocentes. Tornou-se tão odiado e temido que, em 1953, ficou sofrendo durante dias como um cachorro, sem qualquer assistência médica, até finalmente falecer. Será que, em seu desvario e egoísmo, ele achava que era imortal, que nunca ficaria doente?
Outro triste exemplo é o de Alexandre, o Grande, que não era tão grande assim. Belicoso e autoritário, preferia guerrear/conquistar a negociar a paz. Aparentemente, gostava de lutar, talvez gostasse da adrenalina dos campos de batalha... O fato é que ficou guerreando durante doze longos anos até que foi quase mortalmente ferido no vale do rio Indo quando tentou conquistar a Índia, sem sucesso.
Morreu jovem, com apenas trinta e três anos de idade. Hábil estrategista militar, era, contudo, imaturo em diversos aspectos, principalmente na política. Falhou na consolidação não-violenta de suas conquistas. Nem sempre soube negociar e descuidou do mais importante: sua própria existência. Consta que um de seus generais, velho e experiente, proferiu o seguinte em seu discurso póstumo: "Pobre Alexandre! Ganhaste um vasto e rico império, mas perdeste a maior das conquistas: sua própria vida..."

texto do site: http://www.vestibatotal.kit.net/pages/historia.htm

sábado, 11 de junho de 2011

Iracema Resumo do Livro

Iracema nascimento de uma nacionalidade
Uma grande história de amor é tema de "Iracema", de José de Alencar.
O texto de "Iracema" é muito breve, com cerca de 80 páginas nas edições mais recentes. Mas o enredo criado por José de Alencar é repleto de aventuras e peripécias, bem ao gosto do Romantismo, escola literária a que pertence a obra.
Os personagens principais são o guerreiro branco Martim Soares Moreno e Iracema, a deslumbrante virgem, filha do pajé Araquém, da tribo dos tabajaras. A narrativa é simbólica e mostra o cruzamento do europeu e do índio, com o nascimento do brasileiro.
Nesse sentido, a obra é uma expressão do Indianismo que caracterizou a primeira fase do Romantismo no Brasil.

Iracema

 
clip_image001 Iracema, por José Maria de Medeiros 1881
clip_image002Trilogia Indianista de José de Alencarclip_image004
O Guarani (1857)
Iracema (1865)
Ubirajara (1874)
Ver também: Indianismo
Iracema (ou Iracema, lenda do Ceará) é um romance da literatura romântica brasileira publicado em 1865 e escrito por José de Alencar, fazendo parte da trilogia indianista do autor. Os outros dois romances pertencentes à trilogia são O guarani e Ubirajara.
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Iracema, por Antônio Parreiras
O romance conta, de forma poética, o amor quase impossível entre um branco, Martim Soares Moreno, pela bela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel e de cabelos mais negros que a asa da graúna e explica poeticamente as origens da terra natal do autor, o Ceará.

 

Personagens

  • Iracema: Índia da tribo dos tabajaras, filha de Araquém, velho pajé; era uma espécie de vestal (no sentido de ter a sua virgindade consagrada à divindade) por guardar o segredo de Jurema (bebida mágica utilizada nos rituais religiosos); anagrama de América."A virgem dos lábios de mel.
  • Martim: Guerreiro branco, amigo dos pitiguaras, habitantes do litoral, adversários dos tabajaras; os pitiguaras lhe deram o nome de Coatiabo.
  • Poti: Herói dos pitiguaras, amigo (que se considerava irmão) de Martim.
  • Irapuã: Chefe dos tabajaras; apaixonado por Iracema.
  • Caubi: Índio tabajara, irmão de Iracema.
  • Jacaúna: Chefe dos pitiguaras, irmão de Poti.
  • Araquém: Pajé da tribo Tabajara. Pai de Iracema e Caubi.
  • Batuirité: o avô de Poti, o qual denomina Martim Gavião Branco, fazendo, antes de morrer, a profecia da destruição de seu povo pelos brancos.

Características

O gênero literário
Para José de Alencar, como explicita o subtítulo de seu romance, Iracema é uma "Lenda do Ceará". É também, segundo diferentes críticos e historiadores, um poema em prosa, um romance poemático, um exemplo de prosa poética, um romance histórico-indianista, uma narrativa épico-lírica ou mitopoética. Cada uma dessas definições põe em relevo um aspecto da obra e nenhuma a esgota: a lenda, a narrativa, a poesia, o heroísmo, o lirismo, a história, o mito.
O tempo
O encontro da natureza (Iracema) e da civilização (Martim) projeta-se na duplicidade da marcação temporal. Há em Iracema um tempo poético, marcado pelos ritmos da natureza e pela percepção sensorial de sua passagem (as estações, a lua, o sol, a brisa), e que predomina no corpo da narrativa, e um tempo histórico, cronológico. O tempo histórico situa-se nos primeiros anos do século XVII, quando Portugal ainda estava sob o domínio espanhol (União Ibérica), e por forças da união das coroas ibéricas, a dinastia castelhana ou filipina reinava em Portugal e em suas colônias ultramarinas.
A ação inicia-se entre 1603 e o começo de 1604, e prolonga-se até 1611. O episódio amoroso entre Martim e Iracema, do encontro à morte da protagonista, dá-se em 1604 e ocupa quase todo o romance, do capítulo II ao XXXII.
O espaço
A valorização da cor local, do típico, do exótico inscreve-se na intenção nacionalista de embelezar a terra natal por meio de metáforas e comparações que ampliam as imagens de um Nordeste paradisíaco, primitivo, que nada tem a ver com a aspereza do sertão do semi-árido. É o Nordeste das praias e das serras (Ibiapaba), dos rios (Parnaíba e Jaguaribe) e da Bica do Ipu ou Bica de Iracema..

Análise

A relação do casal serviria de alegoria para a formação da nação brasileira. A índia Iracema representaria a natureza virgem e a inocência, enquanto o colonizador Martim (referência explicita ao deus romano da guerra Marte) representa a cultura europeia. Da junção dos dois surgirá a nação brasileira, representada alegoricamente, pelo filho do casal, Moacir ("filho da dor").
A palavra Iracema é um anagrama de América. Para alguns críticos, esse anagrama é proposital, e o livro trata-se pois de uma metáfora sobre a colonização americana pelos europeus. O desenvolvimento da história e, principalmente, o final, remetem fortemente à história local.
Resumo de Iracema
"Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba [...]" Com essas palavras, José de Alencar começa "Iracema", a que chama "Lenda do Ceará" e que é, na verdade, um texto de difícil classificação.
Trata-se claramente de um romance se consideramos seu enredo. Por outro lado, é um poema em prosa, se levarmos em conta o estilo, em que predomina o lirismo amoroso e a exploração do vocabulário indígena no português falado no Brasil.
Certamente um ponto altíssimo no conjunto da obra de José de Alencar, "Iracema" - apesar das dificuldades que a linguagem pode apresentar ao leitor de hoje - merece de fato ser lido, do começo ao fim.
O texto é muito breve, com cerca de 80 páginas nas edições mais recentes. No entanto, seu enredo é repleto de aventuras e peripécias, bem ao gosto do Romantismo, escola literária da qual Alencar é um dos maiores expoentes no Brasil. A história se inicia com o guerreiro branco Martim Soares Moreno, amigo dos índios pitiguaras, que habitavam o litoral, perdendo-se nas matas. Lá foi encontrado por Iracema, a deslumbrante virgem, filha do pajé Araquém, da tribo dos tabajaras, habitantes do interior da região.
Iracema acolheu o jovem branco e o levou para sua tribo, onde ele foi recebido como hóspede e amigo. Ao inteirar-se da celebração que os tabajaras faziam a seu grande chefe Irapuã, que vai comandá-los num combate aos pitiguaras, Martim resolveu fugir, naquela mesma noite. Iracema o impediu, pedindo-lhe que aguardasse a volta de seu irmão Caubi, que poderia guiá-lo pelas matas.
Triângulo amoroso
Aos poucos, surge afeto entre Iracema e Martim, que logo se transforma em paixão. A situação se complica, pois Irapuã também estava apaixonado pela índia e tentou matar Martim quando este já deixava a aldeia, após descobrir que Iracema, por ser filha do pajé e guardiã do segredo da jurema, deve permanecer solteira.
No entanto, a união dos dois se consuma numa noite em que Martim, em sonho, imaginou possuir Iracema, sendo que esta de fato se entregou a ele. Desse modo, quando Martim decide partir para escapar a Irapuã e aos tabajaras, Iracema lhe revelou a verdade e se dispôs a segui-lo. Os dois partiram ao encontro de Poti, chefe dos pitiguaras, que considerava Martim seu irmão. Foram seguidos por Irapuã e os tabajaras, o que resulta no conflito entre as duas tribos adversárias.
Mesmo sofrendo pela derrota de seu povo e pela morte de muitos dos seus, Iracema segue Martim e passa a viver com ele na tribo de Poti. Com o passar do tempo, porém, Martim se mostra desinteressado pela esposa, parece sentir saudades da civilização de onde veio, mas sabe que não pode ir para lá e levar Iracema com ele. Nesse ínterim, o guerreiro branco - que adotou o nome indígena de Coatiabo - enfrenta diversos combates, enquanto Iracema engravida de um filho seu. Ainda assim, a índia sofre as constantes ausências do marido e definha de tristeza.
O filho do sofrimento
Ao voltar de uma batalha, Martim encontra Iracema com seu filho - a quem ela chamou Moacir, que significa "o filho do sofrimento". A índia está extremamente debilitada. Só teve forças para entregar o filho ao pai e pedir-lhe que a enterrasse aos pés de um coqueiro de que ela tanto gostava. O lugar onde Iracema foi enterrada passou a se chamar Ceará - segundo a tradição, Ceará significa canto da jandaia, a ave de estimação de Iracema.
Sofrendo a perda de Iracema, Martim retorna a sua pátria com o filho. Quatro anos depois, volta novamente ao Brasil, onde ajuda a implantar a fé cristã, convertendo Poti, que recebeu o nome de Felipe Camarão. Os dois ajudaram o comandante Jerônimo de Albuquerque na luta contra os holandeses. Quando podia, Martim ia ao local onde Iracema estava enterrada e se deixava consumir pela saudade.
O simbolismo da narrativa de Alencar é evidente: do cruzamento das duas raças - o europeu e o índio - nasce o brasileiro. Nesse sentido, a obra é uma expressão do Indianismo que caracterizou a primeira fase do Romantismo no Brasil. O país - cuja independência completava 43 anos à publicação de Iracema (1865) - precisava valorizar suas raízes e sua história, para afirmar-se como nação livre e soberana.
Biografia  José de Alencar
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"Ali, por entre a folhagem, distinguiam-se as ondulações felinas de um dorso negro, brilhante, marchetado de pardo; às vezes viam-se brilhar na sombra dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos de alguma cristalização de rocha, ferida pela luz do sol. Era uma onça enorme; de garras apoiadas sobre um grosso ramo de árvore, e pós suspensos no galho superior, encolhia o corpo, preparando o salto gigantesco."
Nesse trecho do romance O Guarani, um dos mais destacados da obra de Alencar, evidencia-se o estilo descritivo, mas também o caráter aventuresco dos romances do autor.
Filho de um ilustre senador do império, José Martiniano de Alencar cursou advocacia, mas logo tornou-se político, jornalista e escritor. Foi nessa última atividade que obteve maior destaque para a posteridade. Considerado o maior romancista do Romantismo brasileiro, Alencar criou uma literatura nacionalista, empregando um vocabulário e uma sintaxe típicos do Brasil e evitando o estilo lusitano, que até então prevalecia na literatura aqui produzida.
Sua obra traça um perfil da cultura e dos costumes de sua época, bem como da História do Brasil, tendo como preocupação essencial a busca de uma identidade nacional, seja quando descreve a sociedade burguesa do Rio de Janeiro, seja quando se volta para os temas ligados ao índio ou ao sertanejo. Seus romances costumam ser classificados em quatro categorias: urbanos, históricos, indianistas, e regionalistas.
A obra urbana de Alencar segue o padrão do típico romance de folhetim, retratando a alta sociedade fluminense do Segundo reinado, com tramas que envolvem amor, segredos e suspense. Mas por trás da futilidade dos namoricos da Corte está a crítica à hipocrisia, à ambição e à desigualdade social.
José de Alencar também chega a analisar o caráter psicológico de suas personagens femininas, revelando seus conflitos interiores e antecipando as características da escola realista, que sucedeu o Romantismo. Seus romances urbanos são: Cinco minutos (1860), A viuvinha (1860), Lucíola (1862), Diva (1864), A pata da gazela (1870), Sonhos d'ouro (1872), Senhora (1875) e Encarnação (1877). Senhora é considerado o mais importante deste grupo.
Os livros indianistas buscam transportar as tradições indígenas para a ficção, relatando mitos, lendas, festas, usos e costumes, muitas vezes observados pessoalmente pelo autor. Mesmo assim, o índio é visto de maneira idealizada, que representa, em nível simbólico, a origem do povo brasileiro. Nesse sentido, seus textos trazem a imagem do homem branco (europeu) como corrompido pelo mundo civilizado e apresenta o índio com ares de "bom selvagem", destacando seu caráter bom, valente e puro. Seus romances indianistas são: O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874).
José de Alencar também buscou inspiração em nosso passado para escrever romances históricos, propondo uma nova interpretação literária para fatos marcantes da colonização, como a busca por ouro e as lutas pela expansão territorial. Seus enredos denotam em vários momentos um nacionalismo exaltado e o orgulho pela construção da pátria. Obras históricas: As Minas de prata (1865), Alfarrábios (1873), A guerra dos mascates (1873).
Já os romances regionalistas denotam o interesse do autor pelas regiões mais afastadas do Brasil, alheias à influência européia que predomina na Corte fluminense. Assim, ele alia os hábitos da vida no campo e a cultura popular à beleza natural e exótica das terras brasileiras. Se nos romances urbanos as mulheres são sempre enfatizadas, nas obras de cunho regional os homens recebem o destaque, com toda a sua rudeza, enfrentando os desafios da vida, enquanto que as mulheres assumem papéis secundários. Seus romances regionalistas são: O gaúcho (1870), O tronco do Ipê (1871), Til (1872), O sertanejo (1876). Com eles o autor focalizou, respectivamente, os pampas, o interior paulista e o sertão nordestino, procurando dar conta de nossa diversidade regional.
Ao lado da literatura, não se pode esquecer de que José de Alencar foi um político atuante, vindo a ser deputado provincial do Ceará e a ocupar o cargo de ministro da Justiça. Deixou a política após ter seu nome vetado pelo imperador D. Pedro 2° para o cargo de senador. Deprimido e debilitado pela tuberculose, de que sofria desde a juventude, foi para a Europa para se tratar. Sem obter resultados, voltou ao Brasil em estado grave, morrendo pouco tempo depois, aos 48 anos.
Origens: Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://vestibular.uol.com.br/
Veja o vídeo do Professor Fenando Marcílio:

Enem Manual do Candidato

Regras válidas para antes, durante e depois das provas.

Dia 22 de outubro de 2011 começam as provas. Ciências Humanas e da Natureza.

23 de outubro Linguagens e seus códigos e Matemática,  e uma redação sobre o tema.

Como proceder,  o que é obrigatório levar, o que é proibido levar. As regras válidas.

Manual Candidato Enem

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/manual-do-candidato-do-enem-2011

Redação nota 10 no Enem

Como fazer uma redação nota 10 no Enem


A redação é ponto fundamental do Enem. O texto, do gênero dissertativo-argumentativo, vale 1.000 pontos, mesmo valor atribuído às outras provas, como a de linguagem. Ou seja, a redação equivale a 20% da nota final do participante. Por isso, o bom desempenho é fundamental e, para obtê-lo, é preciso atenção redobrada. Os avaliadores querem saber se o estudante sabe refletir sobre os mais variados assuntos ou se ele é apenas um repetidor de chavões. É preciso ter ideias próprias e saber sustentá-las.
O formato da prova já é consagrado. Os examinadores oferecem um tema explícito – o que significa que o candidato não precisa deduzir o que está sendo solicitado – e textos e charges servem como guia. O material de apoio pode ser utilizado pelo participante para dar consistência à redação, mas é imprescindível que sejam somadas ideias provenientes do repertório pessoal. Ater-se apenas às informações fornecidas não é um procedimento bem visto pelos avaliadores.
Confira no vídeo a seguir orientações do professor Francisco Platão Savioli, do curso Anglo, para uma redação nota 10:
 
http://veja.abril.com.br/blog/enem-vestibulares/

Inscrições do Enem 2011

Enem 2011 registra 6,2 milhões de inscrições


As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011 se encerraram às 23h59 da sexta-feira com 6,2 milhões de candidatos. O total de inscritos este ano vai de encontro a meta de 6 milhões estabelecida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), autarquia responsável pelo exame. Além disso, o número é recorde. No ano passado, cerca de 4,6 milhões de pessoas se inscreveram na prova nacional.
O Enem 2011 será aplicado entre os dias 22 e 23 de outubro, sempre às 13 horas, horário de Brasília. No primeiro dia de prova (22), os candidatos responderão a questões de ciências humanas e ciências da natureza. Já no segundo dia (23), é vez das provas de matemática, linguagens (português e língua estrangeira) e uma redação.
O Enem é requisito para cadastrar-se no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) que seleciona estudantes para universidades federais e estaduais, além de institutos de educação superior. No início deste ano, o SiSU distribuiu 83.125 vagas em 83 instituições, recebendo mais de 1 milhão de inscrições.
No segundo semestre deste ano, serão ofertadas 26.336 vagas em 48 instituições e as inscrições começam dia 15 de junho. Os interessados em uma bolsa do Programa Universidade Para Todos (ProUni) ou um financiamento estudantil por meio do Fundo de Financiamento do Estudante do Ensino Superior (Fies), também precisam realizar o Enem.
Justiça - Minutos após as aberturas das inscrições do Enem, a prova já se tornava, mais uma vez, protagonista de uma disputa judicial. No dia 23 de maio o procurador da República Oscar Costa Filho ajuizou uma ação civil pública para que o edital do Enem permita que os candidatos tenham o direito de reclamar das notas da prova. A falta de transparência na correção das provas e da redação provou revolta dos candidatos no ano passado.
Outro item do edital do Enem 2011 também chama atenção dos candidatos. De acordo com as regras do jogo, antes de iniciar a prova, o candidato deverá verificar se seu caderno de questões contém algum defeito gráfico que impossibilite a resolução do exame. Ou seja, de acordo com o Inep, será de responsabilidade do aluno assegurar que a prova não traz erros de impressão, como foi visto nos cadernos amarelos no ano passado, erro que prejudicou cerca de 10.000 estudantes.
http://veja.abril.com.br/blog/enem-vestibulares/

sexta-feira, 3 de junho de 2011

He is finally sleeping

 

Texto para acompanhar o:

Telecurso - Ensino Médio - Inglês - Aula 02 (1 de 2)

Assunto do dia

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A rainha da Inglaterra mora no Palácio de Buckingham, que fica na cidade de Londres.

 

 

 Na história de hoje

O que você está fazendo? Acompanhando as aulas do Telecurso  Muito bem, hoje vamos falar sobre o Present Continuous, o tempo verbal que descreve as ações que estão acontecendo agora.

A curiosidade de Ian é grande. Ele passa o dia todo perguntando o que as pessoas estão fazendo.

  

Primeiro, pergunta para a mãe:clip_image003

Ian - What are you doing?

Beth - I am making pancakes.

 

 Depois, fala com Diana:

Ian - What are you doing?

Diana - I am reading a book.

Em seguida, pergunta à Beth sobre David:

Ian - What is Dad doing?clip_image005

Beth - He is mowing the lawn.

 

 

 

  

 clip_image007Durante todo o dia, Ian continua fazendo perguntas. Enquanto está no parque, vê um grupo de meninos jogando e...

Ian: What are they doing?

Diana: They are playing football.

 

 

 No final do dia, todas as pessoas já responderam a muitas perguntas de Ian.

Ele as deixou quase sem respostas. Porém. quando chega a noite, o silêncio impera na casa dos Carter, qual é a causa desse silêncio?

 

David pergunta para Beth: - Beth, what is Ian doing?

Beth sorri e responde: - He is finally sleeping. No more questions, today.

 

As perguntas de Ian, como pudemos ver, foram feitas usando o Present Continuous.

Esse tempo verbal do presente descreve as ações que estão acontecendo no momento em que falamos.

Os verbos descrevem situações que podem estar na forma afirmativa, interrogativa e negativa.

A forma afirmativa do Present Continuous é formado por:

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 Na história de hoje, encontramos a forma afirmativa em muitas frases:

I am making pancakes.

I am reading a book.

He is mowing the lawn.

They are playing football.

He is finally sleeping.

 

É importante ver que o verbo to be varia de acordo com o sujeito, por isso esse verbo no tempo presente tem que estar na memória.

 Vamos dar uma olhada na conjugação completa da forma afirmativa:

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 Quando negamos uma ação no Present Continuous a frase ganha a palavra not, como a seguir:

 

  • He is not mowing the lawn.
  • I am not reading a book.
  • They are not playing football.

 

O verbo to be (presente), na negativa, tem uma forma contraída, que significa a mesma coisa, porém é mais usada na linguagem oral ou em transcrições da linguagem oral:

is not = isn't

are not = aren't

 

A conjugação completa da forma negativa é:

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 Mas, se o movimento da história de hoje veio das perguntas de Ian, como será a conjugação completa da forma interrogativa?

Para formar a interrogativa do Present Continuous, usamos:

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 Apresentação

 Os verbos que terminam em ing estão em inglês no Present Participle, que corresponde em português ao gerúndio.

Em português, os verbos no gerúndio acabam em ando, endo, e indo.

Exemplo: amando, comendo e partindo.

Em inglês, esses verbos têm a terminação em ing: loving, eating e leaving.

Para formarmos o Present Participle adicionamos ao verbo a terminação ing. Quando o verbo é formado por consoante + vogal + consoante, e a vogal é acentuada, dobramos a consoante final e adicionamos ing.

Exemplo: run » running.

It, que é usado para substituir os nomes de animais e objetos, também pode ser usado de forma impessoal.

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 Ao usarmos a forma impessoal em inglês, não podemos esquecer o it.

Que tal passarmos da conversa para a ação?

Exercício 1

Responda as perguntas, de acordo com a forma pedida entre parênteses:

Exemplo:

Beth, are you making a cake?

(afirmativa) Yes, I am. I am making a chocolate cake.

 

a) Ian, what are you doing?

(afirmativa - read a magazine) ......................................................................

 

b) Is he playing football?

(negativa - tennis) ...........................................................................................

 

c) Are you taking care of the baby?

(negativa) ................................................... . Michael is taking care of Jim.

 

d) Is it raining?

(afirmativa) ................................................... and my umbrella is at home.

e) Where are you going, Nei?

(afirmativa - to the bank) ...............................................................................

 

f) Are they having lunch at the cafeteria?

(afirmativa) .............................................. . They are having hamburguers.

 

g) Are you watching TV?

(negativa) ................................................... . I am doing my homework.

 

Exercício 2

Complete os espaços em branco dos diálogos:

 Exemplo:

Mary - What a lovely melody!

John - It is coming from Tom.s apartment. He is playing (play) the piano.

 

a) Júlio - Where is Virgínia?

Beth - She .......................................(drink) a cup of coffee over there.

 

b) Father - The baby..........................................(cry).

Mother - He is hungry.

 

c) John - Hello! Is Mary there?

Ann - She is, but she can.t answer the telephone because she..............

................................. (sleep) now.

 

d) Martha - Jack! The telephone ......................................... (ring).

Jack - I can get it!

Preste atenção

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Curiosidade cultural

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O Palácio de Buckingham - residência oficial da família real inglesa atrai muitos turistas que vão até lá com câmeras fotográficas e filmadoras para presenciar e guardar como lembrança as imagens da troca da Guarda - momento em que os guardas do Palácio saem e são substituídos por outros num bonito ritual repetido há séculos.

 

 Vamos pensar

 Qual será o animal típico da Austrália?

Lá vai uma dica: ele tem uma bolsa, onde carrega o filhote.

 Enjoy, Techer Josiani.

 

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