domingo, 11 de novembro de 2012

O que é um Quilombo"?

Definição de Quilombo

Quilombo é a comunidade formada pela fuga de negros, índios e brancos pobres do regime de trabalho forçado, alienado e desumano: escravidão.

Serra da Barriga Vista

Como forma de sobrevivência e resistência ao poderio Brasil-Colônia. Os negros se rebelavam e fugiam de seus senhores e do meio de vida exploratório em que viviam impostamente, formando comunidades em locais dentro das matas e sertões o mais longe possível dos centros econômicos. Posteriormente, o quilombo produzira uma imagem de terra prometida para os escravos ainda cativos. Era, segundo definição do rei de Portugal, respondendo ao Conselho Ultramarino em 02 de dezembro de 1740, “toda habitação de negros fugidos que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenham ranchos levantados nem se achem pilões neles”. Estima-se que existam aproximadamente três mil comunidades no país, segundo a Seppir. A palavra quilombo é de origem Bantu (povos africanos que viviam na região hoje conhecida como Angola e África Ocidental), originalmente a palavra era utilizada para designar o lugar de pouso e paragens de viajantes e povos nômades. Foi aqui no Brasil que a palavra quilombo passou a ser empregada como definição de local de refúgio de negros escravizados.

Com o fim da escravidão muitas famílias negras continuaram a viver em áreas de quilombos preservando os costumes e a cultura de seus antepassados. Hoje essas famílias são denominadas “comunidades remanescentes de quilombos” e a maioria ainda lutam para garantir o direito de ter o título de posse de seus territórios.

O número de comunidades quilombolas existentes pelo Brasil ainda é impreciso, junto com o processo de titulação o governo está fazendo o processo de reconhecimento e catalogando as comunidades remanescentes de quilombos no país.

fonte:Redação Raízes

http://portalraizes.org/index.php?option=com_content&view=article&id=61:definicao-de-quilombo&catid=6:quilombos&Itemid=5

Qulombo dos Palmares – Serra da Barriga

 

SERRA DA BARRIGA – BERÇO DA LIBERDADE

Localizada na Zona da Mata alagoana na atual cidade de União dos Palmares, há 92 km de Maceió, nas margens do Rio Mundaú, acima do nível do mar mais de 500 metros, no então Planalto da Borborema, a SERRA DA BARRIGA antes chamada de Oiteiro da Barriga e Cerca Real dos Macacos, foi berço de liberdade de milhares de guerreiros quilombolas sublevados e determinados a viverem uma nova forma de vida, totalmente diferente da que queriam seus opressores, como povo escravizado e sem dignidade humana.

Habitaram primeiramente nos sítios e nas encostas da Serra da Barriga: A Princesa Banta – imbangala Aqualtune e seus filhos Ganga-Zumba, Ganga-Muiça, Ganga-Zona, bem como seu neto Andalaquituche irmão de Zumbi. Todos de descendência angolana da cultura Bantu dos jagas e imbangalas.

Fatos Históricos

 

1597

Fundação do Quilombo dos Palmares por Aqualtune, que posteriormente tornou a Serra da Barriga a Capital do Quilombo, servindo como residência oficial aos grandes chefes Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares, Sabendo-se que no decorrer dos tempos o Quilombo se descentralizou entre dezenas de mocambos espalhados por toda região da mata, onde cada um tinha seu comandante-em-chefe que juntos prestavam obediência ao grande chefe na Cerca Real dos Macacos, situada na Serra da Barriga.

1694

A Cerca Real foi destruída em 06 de fevereiro, após dois anos de intenso combate com os inimigos, que surpreenderam os quilombolas usando seis canhões, tipo de armamento pouco conhecido pelos palmarinos. Nesta época, residiam cerca de 5.000 (cinco mil) quilombolas, entre negros, índios e alguns brancos. Muitos foram degolados, alguns se jogaram no despenhadeiro, outros fugiram com Zumbi para a Serra Dois Irmãos entre as atuais cidades de Viçosa e Cajueiro, sendo que em média 500 (quinhentos) quilombolas foram capturados com vida.

1980

Em agosto deste ano, militantes do Movimento Negro local e nacional subiram à Serra pela primeira vez. Tal iniciativa transformou a história até os tempos de hoje. Um passo importante foi a criação do Memorial Zumbi, que tinha como objetivo primordial, recuperar a história do Quilombo dos Palmares e transformá-la em marco de luta no seio da Comunidade Negra Brasileira;

1985

Em novembro a Serra da Barriga é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico - Artístico Nacional – IPHAN.
Foi caracterizada em novembro como Conjunto Histórico Paisagístico também pelo Instituto do Patrimônio Histórico - Artístico Nacional – IPHAN;

1986

A Serra da Barriga foi inscrita no Livro de Tombamento Arqueológico, Etnográfico e Paisagísticodo Instituto do Patrimônio Histórico - Artístico Nacional – IPHAN;

1988

Foi reconhecida no mês de março como MONUMENTO NACIONAL através do Decreto 95.855.

1994/1995

300 anos de imortalidade de Zumbi dos Palmares
A Serra foi palco de visitações e peregrinações de milhares de pessoas advindas de todas as regiões do Brasil e vários países do Continente Africano, Europeu, Norte e Sul Americano. Neste Biênio, o Movimento Negro Local e Nacional articulou junto a Fundação Cultural Palmares dois grandes eventos em homenagem aos Guerreiros Quilombolas, pelos trezentos anos de ZUMBI.
A cidade de União dos Palmares foi visitada por mais de 10.000 (dez mil pessoas), cujos shows nos “20 de novembro” (Dia Nacional da Consciência Negra) propiciaram em plena praça pública apresentações de artistas nacionais e internacionais, a exemplo do Balé Africano de Angola KALANGO KILO, dentre outros.
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Em julho de 1995, um grupo de Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) em seu Encontro Nacional em Alagoas, chegara no “Trem da Liberdade” à cidade de União dos Palmares, trazendo seis vagões com centenas de militantes de todas as regiões brasileiras. Juntamente com os segmentos negros de Alagoas, subiram a pé a Serra da Barriga em plena madrugada, onde realizaram uma vigília ecumênica em homenagem aos guerreiros, a Zumbi dos Palmares e todos os seus ancestrais. Tal vigília tornou-se uma das mais belas homenagens haja vista na Serra da Barriga.
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20 de novembro de 1995 – Dia em que o presidente Fernando Henrique Cardoso visitou a Serra da Barriga e a cidade de União dos Palmares, acompanhado por alguns ministros, sendo um dos visitantes o Sr. Edson Arantes do Nascimento – Pelé. Na oportunidade foi anunciada a criação de um grupo de trabalho interministerial para discutir o resgate da memória de Zumbi.
Neste mesmo dia em Brasília o Movimento Negro realizou a Macha Nacional – Zumbi 300 anos, entregando ao então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso uma série de reivindicações em favor do povo negro brasileiro.

1996

No dia 21 de março (Dia Internacional pela Eliminação do Racismo), Zumbi dos Palmares foi considerado Herói Nacional Brasileiro, inscrito no livro do tombo.
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Neste mesmo ano, no dia 13 de dezembro, dia de Santa Luzia para a Comunidade Católica, aconteceram pelo menos cinco (05) grandes Romarias da Terra, promovidas pelos segmentos: Comissão Pastoral da Terra – CPT; Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, Pastoral de Juventude do Meio Popular – PJMP; Agentes de Pastoral Negros – APNs, dezenas de paróquias e diversos outros movimentos. Durante tais romarias, em média 3.000 (três mil) participantes, subiam a pé a Serra desde o Sitio Recanto, entoando cantos e prestando homenagens aos mártires quilombolas, inclusive tirando seus calçados ao se aproximarem do Platô da Serra por entenderem ser ali um solo sagrado.

2000

Pela primeira vez as comemorações não aconteceram no Platô da Serra da Barriga, sendo para isso, erguida uma Vila Cenográfica no sopé da Serra em terras não tombadas, cujas comemorações marcaram profundamente os visitantes que se deslumbraram com um mega show em homenagem aos ancestrais da comunidade palmarina.

2003

20 de novembro – Visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao Platô da Serra da Barriga, juntamente com alguns ministros e autoridades locais, onde foram assinados vários documentos e lançada a Política Nacional de Igualdade Racial;l;

2006

É apresentado pelo Instituto Magna Mater – Organização Não Governamental de Alagoas, o Projeto: Parque Memorial Quilombo dos Palmares, que ao ser acatado pelo Ministério da Cultura, Fundação Cultural Palmares, Governo do Estado de Alagoas e Prefeitura Municipal de União dos Palmares, contemplou-se em forma de patrocínio pela Petrobrás e Ministério do Turismo.

2006

Em maio é aberto o Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

Fonte: http://www.quilombodospalmares.com.br/index.php?sec=historia_serra_barriga

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Guarani Kaiowá VITÓRIA!

 

SUSPENSA SAÍDA dos Guarani Kaiowá VITÓRIA!
Liminar que determinava saída dos Guarani Kaiowá em MS é suspensa

AGORA É LUTAR PELA DEMARCAÇÃO


Início de uma vitória do Povo Guarani Kaiowá com a ajuda de todos que se envolveram e pressionaram o governo através das redes sociais e atos de apoio pelo Brasil todo.

Vitória Garani

domingo, 28 de outubro de 2012

ENEM 54% são negros e indígenas = População Brasileira é de 51%

Enem pós-Lei de Cotas tem 54% de negros e indígenas

 

Na primeira edição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) após a aprovação da Lei de Cotas, 54% dos inscritos são pretos, pardos e indígenas. Essa proporção é muito próxima à da população brasileira em geral, que é de 51%. A cor da pele é um dos critérios previstos na nova lei.

O Enem ocorre no próximo fim de semana, dias 3 e 4, com 5.791.290 inscritos. Trata-se da maior edição do exame, que nasceu como avaliação da última etapa da educação básica e se tornou vestibular em 2009. Atualmente, a nota do exame é o caminho de ingresso para quase todas as universidades e institutos federais.

Entre os 5,7 milhões de inscritos, 1,5 milhão terminou este ano o ensino médio. Desse grupo específico, 80% (mais de 1,2 milhão) vêm da escola pública e poderão se beneficiar da reserva de vagas que a lei garante.

Em 2013, 12,5% das vagas nas federais deverão ser ocupadas por alunos da rede pública. Em quatro anos, a taxa deve chegar a 50%. As universidades ainda precisam respeitar critérios econômicos (com reserva para candidatos com renda familiar de 1,5 salário mínimo per capita) e raciais para a distribuição das vagas - no caso racial, terá de seguir a proporção da população por Estado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

Foto 1 de 11 - Mais de 5,7 milhões de estudantes devem realizar as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012 nos dias 3 e 4 de novembro. O coordenador de vestibular do Anglo, Alberto Francisco do Nascimento, selecionou dez dicas que podem ajudar os candidatos a obter um bom resultado no exame. Confira as dicas do professor nas próximas páginas Mais Rodolfo Buhrer/UOL

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2012/10/28/enem-pos-lei-de-cotas-tem-54-de-negros-e-indigenas.htm

sábado, 27 de outubro de 2012

O Contestado - Restos Mortais

 

 

Sylvio Back volta a investigar a Guerra do Contestado

Depois de quatro anos de guerra, envolvendo milhares de posseiros, pequenos proprietários, comerciantes, autoridades municipais, índios, negros, imigrantes europeus e fanáticos religiosos versus forças militares, coronéis e seus jagunços,  sobrou o trágico saldo de mais de 20 mil mortos.

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Um filme de Sylvio Back

O diretor retoma o tema trabalhado em A Guerra dos Pelados, de 1971, mas de forma surpreendente: relatos são feitos por mensagens espirituais transmitidas por trintas médiuns. Em outro documentário, em que aborda o suicídio do pintor Miguel Bakun, Back já havia recorrido ao transe mediúnico.

 

A estreia nacional do filme coincide com o registro de cem anos do início do conflito entre Paraná e Santa Catarina, deflagrado em 22 de outubro de 1912 no Combate do Iraní. Depois de quatro anos de guerra, envolvendo milhares de posseiros, pequenos proprietários, comerciantes, autoridades municipais, índios, negros, imigrantes europeus e fanáticos religiosos versus forças militares, coronéis e seus jagunços,  sobrou o trágico saldo de mais de 20 mil mortos.

Sylvio Back volta a investigar a Guerra do Contestado

 

clip_image003 Milícia a serviço dos "coronéis" do Contestado. Foto de Claro Jansson

Um dos mais importantes e provocativos documentaristas brasileiros, Sylvio Back está amolando o sabre para mais uma investida no cipoal de mitificações da História do Brasil. Dessa vez, será a Guerra do Contestado, que empapou de sangue o sertão catarinense entre 1912 e 1916. Às vésperas das filmagens de O Contestado – Restos Mortais, O episódio já havia sido objeto de um filme de ficção de Back, A Guerra dos Pelados (1971), sua maior aproximação à vertente glauberiana do Cinema Novo.

O Contestado - Restos Mortais" é o registro detalhado sobre esta guerra centenária, ocorrido no estado do Paraná e de Santa Catarina. O documentário dirigido por Sylvio Back conta com os depoimentos de historiadores e médiuns incorporados, relatando as batalhas de um povo

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Coleção História Geral da África em português

 
 
 
 
Coleção História Geral da África em português

Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.

Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.

Volume I: Metodologia e Pré-História da África (PDF, 8.8 Mb)

  • ISBN: 978-85-7652-123-5

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lei das cotas pode ser ampliada para Ciência sem Fronteiras

 

Lei das cotas pode ser ampliada para Ciência sem Fronteiras, diz ministro

Segundo Mercadante, lei será aplicada quando bolsista falar inglês.
Ministério deve lançar 'Inglês sem Fronteira' e exame de proficiência gratuito.

Notícias de 15/10/2012 indicam que poderá serem aceitas reinvincicações do Movimento Negro.

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Encontro no CNPq com EDUCAFRO 22 de abril 2012

 

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira (15/10) que a lei de cotas pode ser ampliada para o Ciências sem Fronteiras. O programa prevê concessão de 101 mil bolsas para estudantes brasileiros em universidades do exterior até 2014.

De acordo com Mercadante, as cotas devem ser aplicadas quando o bolsista atingir proficiência em inglês ou em outra língua.

 

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Encontro no CNPq com EDUCAFRO 22/4/2012 onde foram discutidas as COTAS PARA O CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS

“Existe a possibilidade das cotas serem ampliadas para o Ciências sem Fronteiras. Dependendo da avaliação que a gente fizer de como [o programa] está se comportando. Os estudos preliminares são bem positivos", disse Mercadante.

Educafro Brasilia 693

CNPq com EDUCAFRO 22/4/2012 onde foram discutidas as COTAS PARA O CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS

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O governo federal publicou nesta segunda, no "Diário Oficial da União", o decreto que regulamenta a lei que garante a reserva de 50% das vagas nas universidades federais, em um prazo progressivo de até quatro anos, para estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. O critério de seleção será feito de acordo com o resultado dos estudantes no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

Mercadante informou ainda que o ministério vai lançar ainda neste ano o “Inglês sem Fronteiras”.

Educafro Brasilia 705 CNPq com EDUCAFRO 22/4/2012 onde foram discutidas as COTAS PARA O CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS

“Não adianta dizer que tem uma política de cotas, sem proficiência em inglês. Se não, só posso mandar para Portugal”, disse.

De acordo com o ministro, cerca de 150 mil alunos que tiraram mais de 600 pontos no Enem vão ser classificados pelo exame Test of English as a Foreign Language (Toefl), que será aplicado gratuitamente, de proficiência em inglês e poderão fazer curso presencial, ou semipresencial, de acordo com o desempenho.

O Toefl é um dos exames de proficiência em inglês mais conhecidos no Brasil e no mundo. Ele já foi administrado mais de 20 milhões de vezes desde sua criação, em 1964. O Toefl é desenvolvido pela ETS, uma instituição sem fins lucrativos dos Estados Unidos dedicada à pesquisa e testes educacionais.

 

15/10/2012 20h14 http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/10/lei-das-cotas-pode-ser-ampliada-para-ciencia-sem-fronteiras-diz-ministro.html

Fotos Hugo Ferreira

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Debate sobre adoção de cotas raciais na USP emperra na Justiça

 

Hédio Frei Colagem Cancelamento B

Uma audiência de conciliação entre a USP e entidades que defendem a reserva de vagas de ensino superior para negros, marcada para hoje, foi cancelada pelo Tribunal de Justiça após a universidade apresentar a possibilidade de realizar um seminário sobre o tema.

via Folha de SP - Educação

 

Definição da raça para acesso a cotas será somente por autodeclaração
Governo instala 'Estado racial', diz sociólogo
Cotas mostram 'compromisso', afirma professor

As ONGs têm cinco dias para recorrer da decisão. O cancelamento foi determinado pelo desembargador Marrey Uint, da 3ª Câmara de Direito Público do TJ.

Desde 2004, a Educafro (Educação para Afrodescendentes e Carentes) e o Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades) tentam pelas vias judiciais fazer com que a USP apresente um programa de cotas para afrodescendentes e pessoas carentes.

Na audiência marcada para hoje, as entidades pediriam a apresentação de um estudo para as cotas já para o vestibular de 2013. O mesmo desembargador que havia marcado a audiência, porém, aceitou o pedido da universidade e a desmarcou.

Ao ser questionada sobre o cancelamento da audiência, a USP informou que irá fazer um seminário sobre o tema dentro da universidade e que isso já foi discutido com as entidades que pedem a implementação de um sistema de cotas na instituição.

A USP dispõe de um sistema de inclusão de alunos carentes, chamado Inclusp (Programa de Inclusão Social), para estimular a entrada de estudantes egressos da escola pública, segundo a universidade.

Entre as medidas do sistema está o Pasusp, que concede a candidatos que cursaram os ensinos fundamental e médio na rede pública bônus de até 15% da nota.

O advogado das duas ONGs, Hédio Silva Júnior, ex-secretário estadual de Justiça (em 2005 e 2006), disse que a USP nunca apresentou um estudo que mostrasse a eficácia de seu sistema para beneficiar os negros e mais pobres.

"A USP tem mais alunos africanos do que negros brasileiros. O único professor negro da entidade também era africano e já se aposentou", afirmou Silva Júnior.

GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1169794-debate-sobre-adocao-de-cotas-raciais-na-usp-emperra-na-justica.shtml

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Lei de Cotas dívida do Brasil com jovens pobres

Dilma: Lei de Cotas contribui para saldar dívida do Brasil com jovens pobres

 

A presidente Dilma Rousseff disse hoje (15/10) que o decreto que determina a reserva de metade das vagas de universidades e institutos federais para alunos de escolas públicas, negros e índios contribui para saldar uma dívida histórica do Brasil com os jovens pobres. A regulamentação da chamada Lei de Cotas está publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União.

“Nosso objetivo, com essa lei, é ampliar o acesso às nossas universidades e aos nossos institutos federais para os jovens das escolas públicas, para os negros e para os índios. Essas universidades e os institutos estão entre os melhores do país e, muitas vezes, as pessoas vindas das escolas públicas têm dificuldade de ter acesso à universidade pública”, explicou Dilma.

No programa semanal Café com a Presidenta, ela destacou que as universidades e os institutos federais terão quatro anos para implantar a Lei de Cotas de forma integral, mas que os processos seletivos para matrículas em 2013 já precisam oferecer uma reserva de vagas de 12,5%. “É bom ressaltar que a lei vale para todos os cursos – inclusive, aos mais procurados, como medicina e engenharia, por exemplo”, disse.

Dilma lembrou que o Programa Universidade para Todos (ProUni) é outra possibilidade de acesso às universidades federais, pois oferece bolsas de estudo parciais e integrais a pessoas de baixa renda. Segundo ela, 1,1 milhão de estudantes no país já foram beneficiados pelo programa, que exige um bom desempenho do aluno no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Quem não for aprovado no ProUni, de acordo com a presidente, pode recorrer ao Programa de Financiamento Estudantil (Fies), que financia as mensalidades de faculdades particulares. Atualmente, 570 mil estudantes fazem cursos universitários em todo o país com o apoio do Fies, que também exige boas notas no Enem. “Quero dar um conselho para os quase 6 milhões de jovens que vão fazer as provas do Enem agora em novembro: que vocês peguem firme e estudem bastante, porque o Enem pode mudar a vida de vocês

Lei de Cotas nas universidades amplia acesso à educação

Lei de Cotas nas universidades vai ampliar acesso à educação, diz Dilma

Regra entra em vigor hoje e deve garantir 50% das vagas aos cotistas.
A presidente também falou de outros incentivos, como o Prouni e o Enem.

 

Do G1, em São Paulo

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (15), durante seu programa de rádio “Café com a presidenta”, que a Lei de Cotas – em vigor desde a manhã – vai melhorar o acesso à educação no país e “saldar uma dívida histórica do Brasil com nossos jovens mais pobres”. A lei tem foco nos estudantes de escolas públicas, negros e índios.

A partir do ano que vem, as universidades terão que destinar 12,5% das vagas para alunos cotistas – inclusive as instituições que utilizam as notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como parte do processo seletivo. "A lei vale para todos os cursos, inclusive os mais procurados, como medicina e engenharia", disse Dilma.

saiba mais

O objetivo, no entanto, é que essa porcentagem atinga 50% em quatro anos. "As universidades e os institutos federais vão ter que reservar metade das vagas, de todos os cursos, para os estudantes das escolas públicas, levando em conta ainda a renda da família e a cor ou raça do estudante", disse Dilma. Para ter acesso às cotas, os estudantes serão submetidos a testes seletivos.

"Estamos democratizando o acesso às universidades sem abrir mão do mérito e do esforço de cada aluno", falou.

Além da Lei de Cotas, a presidente Dilma Rousseff citou vários programas ligados à educação que, segundo ela, garantem um maior acesso ao ensino no país.

Dilma falou sobre o Prouni (Programa Universidade para Todos) que já beneficiou 1,1 milhão de estudantes do país, de acordo com a presidente. Ela também falou sobre do Fundo deFinanciamento Estudantil, que dá crédito ao estudante para pagar a graduação e garante um período prolongado além da conclusão do curso para quitar o valor. Segundo a presidente, 570 mil jovens fazem cursos universitários com algum apoio do Fies.

Sobre o Enem, adotado por algumas universidades federais como processo seletivo para todos ou parte de seus cursos, a presidente lembrou os estudantes de se esforçarem na preparação para as provas. "Eu quero dar um conselho para os quase 6 milhões de jovens que vão fazer as provas do Enem agora em novembro: que vocês peguem firme e estudem bastante, porque o Enem pode mudar a vida de vocês."

Além de ser usado nos vestibulares, o Enem é critério de acesso ao Programa Ciência sem Fronteiras, que dá bolsas para estudo no exterior, segundo a presidente.

Dilma parabenizou os profissionais da educação pelo dia dos professores. “A vitória de cada aluno é também de vocês”, disse a presidente.

http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/10/lei-de-cotas-nas-universidades-vai-ampliar-acesso-educacao-diz-dilma.html

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

América “descobrimento” o encobrimento da verdade.

 

A Conquista da América é filha de “grandes esperanças de lucro” (Cristóvão Colombo)

12 de outubro data em que Colombo chegava as ilhas das Caraíbas (Antilhas) e mais tarde a costa do Golfo do México na América Central.

 

Provável retrato de Colombo em pormenor de "Virgen de los Navegantes" pintado por Alejo Fernández entre 1500 e 1536, atualmente na "Sala de los Almirantes", no Reales Alcázares de Sevilla

Cristóvão Colombo (República de Génova, 1451 — Valladolid, 20 de Maio de 1506) foi um navegador e explorador genovês, responsável por liderar a frota que alcançou o continente americano em 12 de Outubro de 1492, sob as ordens dos Reis Católicos deEspanha, no chamado descobrimento da América. Empreendeu a sua viagem através do Oceano Atlântico com o objectivo de atingir a Índia.

 

Para se relembrar:

 

 

“Brasil 500 anos: do "descobrimento" ao "encobrimento" da alteridade do outro "(parte 1).

 

 

 

1. Brasil: 500 anos de quê?

2. O encobrimento do outro

3. A dominação européia: "em nome de deus"

4. O mito do "ego" moderno

5. 500 anos de exploração

6. A continuidade do colonialismo

7. Bibliografia

I - BRASIL: 500 ANOS DE QUÊ?

Ao celebrar os 500 anos do "descobrimento" do Brasil, chegada do homem europeu ao "novo" mundo, julga-se oportuno refletir sobre o que foi considerado o "mito" da modernidade, ou seja: a supremacia da razão instrumental moderna (européia), sobre o "outro", atrasado, diferente, desconhecido e por isso considerado bárbaro (índio, nativo).

Pretende-se, a seguir, apresentar algumas idéias sobre a temática "Brasil 500 anos", onde a dominação cultural (histórica e filosófica), religiosa e política aparecerão implícitas. Tais argumentos seguem a fundamentação teórica de Beozzo, Dussel, Las Casas, Leon-Portilla e Todorov. Celebração significa festejar, comemorar; quem festeja e comemora ao mesmo tempo recorda, recordar é trazer à memória. Por isso pergunta-se: vamos celebrar (trazer à memória) 500 anos de que?

1.1. O encobrimento do outro

A História Oficial brasileira sempre foi contada pelos vencedores, nunca pelos derrotados. Preocupou-se com heróis da classe poderosa, nomes importantes da mesma classe, datas a decorar, fatos que não refletiram e não refletem a verdadeira realidade do povo que foi, e ainda é, massacrado. Frente a isso, é possível celebrar e festejar os 500 anos do "descobrimento" do Brasil?

A História brasileira é uma farsa que deve ser desvelada, porque omite a verdade dos fatos. Além do mais, compactuar com o "descobrimento" do Brasil é aceitar e justificar a dominação do homem europeu, que chegou por estas terras com a intenção de dominar e enriquecer, e omitir que, antes de 1500, já existia uma civilização milenar vivendo por aqui, com quarenta mil anos de história dos povos indígenas. Abordar os 500 anos, nada mais é do que seguir um caminho que nos leva até à Europa, à história medieval, ao direito romano, à filosofia grega e à Bíblia.

O encontro das duas culturas (européia x nativa das américas) foi o confronto trágico de duas forças em que uma pereceu necessariamente, um encontro nada amigável de duas civilizações: uma considerada "desenvolvida" (a européia), por conhecer certas tecnologias (a irrigação, o ferro e o cavalo) versus a nativa (desconhecida, por isso "bárbara"), ensimesmada com a natureza, com uma religião diferente (divindades da natureza: panteísta, a Lua, o Sol, as estrelas...), com uma organização política (império maia, asteca, inca), uma filosofia e uma cultura milenar. "Índio" foi o nome dado pelos europeus ao se confrontarem com o "outro" (habitantes das terras meridionais), e quem deu o nome acabou se apossando, ficando dono.

Bartolomeu de Las Casas nos relata as atrocidades cometidas pelos conquistadores europeus contra os habitantes destas terras, seguindo, assim, a lógica da mentalidade renascentista sustentada na supremacia da razão instrumental: "Os espanhóis, com seus cavalos, suas espadas e lanças, começaram a praticar crueldades estranhas; entravam nas vilas, burgos e aldeias, não poupando nem as crianças e os homens velhos, nem as mulheres grávidas e parturientes e lhes abriam o ventre e as faziam em pedaços como se estivessem golpeando cordeiros fechados em seu redil. Faziam apostas sobre quem, de um só golpe de espada, fenderia e abriria um homem pela metade, ou quem, mais habilmente e mais destramente, de um só golpe lhe cortaria a cabeça, ou ainda sobre quem abriria melhor as entranhas de um homem de um só golpe". A violência era uma prática comum: atiravam crianças contra os rochedos, esfacelando suas cabeças, jogavam outras nos rios, faziam forcas baixas na medida que os índios quase tocassem com os pés no chão, passavam a fio de espada crianças e mulheres, queimavam as pessoas vivas, cortavam as mãos de outras, colocavam o indivíduo em grades sobre garfos e, na parte de baixo ateavam fogo, lentamente, e, enquanto o indivíduo, aos berros, sob queimaduras, encontrava a morte, roubavam e saqueavam. Os espanhóis treinavam cães carniceiros, próprios para matar índios: "(...) despojados de qualquer piedade, ensinavam cães a fazer em pedaços um índio à primeira vista. Esses cães faziam grandes matanças e como, por vezes, os índios matavam algum (cão), os espanhóis fizeram uma lei entre eles, segundo a qual por um espanhol morto faziam morrer cem índios".

Milhões de vidas humanas foram ceifadas pela ganância do homem europeu "civilizado". Tzvetan Todorov relata que "em 1500 a população mundial devia ser da ordem de 400 milhões de pessoas, dos quais 80 habitavam as Américas", sendo que, no século seguinte "restavam apenas 10 milhões". Já no Brasil, segundo Oscar Beozzo, antes de 1500, a população indígena era estimada em torno de 4 a 6 milhões de pessoas vivendo com suas culturas, religiões, com mais de 2.200 línguas diferentes; hoje, não passam de 230 mil pessoas.

Tráfico de crianças africanas no século 19

No ápice do tráfico, Brasil recebeu 775 mil crianças escravas

 

Imagem publicada no Illustrated London News em 20 de junho de 1857 - Cortesia da New York Public Library

Crianças escravas aparecem em imagem de 1857 (Cortesia New York Public Library)

Pelo menos 775 mil crianças africanas foram escravizadas e levadas para o Brasil nos primeiros cinqüenta anos do século 19, em um período em que o tráfico negreiro atingiu o ápice de sua sofisticação, indicam dados cruzados a partir de novas informações sobre a era da escravidão.

Crianças foram ganhando a preferência dos traficantes porque, entre outros aspectos, eram mais "maleáveis" que adultos, indicam novas pesquisas publicadas duzentos anos após a lei britânica que proibiu o comércio de escravos.

No fim da era escravagista, um em cada três africanos escravizados era criança, nas estimativas do historiador David Eltis, da Universidade de Emory, em Atlanta, um dos maiores especialistas mundiais no tema.

Segundo Eltis, cerca de 12,5 milhões de escravos deixaram a costa da África entre 1500 e 1867, quando se tem registro do último carregamento. Em torno de 10 milhões chegaram aos seus destinos nas Américas.

Nos cálculos do pesquisador, dos 5,5 milhões de pessoas que tinham como destino o Brasil, apenas 4,9 milhões desembarcaram em portos brasileiros.

'Maleáveis'

Os dados de Eltis indicam que quase 2,3 milhões de escravos foram enviados ao Brasil entre 1800 e 1850 – destes, ele acredita que 775 mil eram crianças.

A alta proporção de menores de 15 anos entre os escravos já era conhecida dos pesquisadores – há estimativas que a colocam em até metade do total –, mas novos dados oferecem novas explicações para este fato.

Um estudo de caso publicado na última edição do Journal of Economic History pelos pesquisadores David Richardson, da Universidade britânica de Hull, e Simon Hogerzeil, do Centro Psicomédico Parnassia holandês, mostrou que crianças reagiam melhor à travessia que os adultos.

Richardson disse à BBC Brasil que, além disso, "no fim da era escrava havia uma percepção geral, por parte dos mercadores, de que as crianças eram mais maleáveis que os adultos, que poderiam ser treinadas em habilidades específicas".

Analisando 49 viagens de navios negreiros holandeses entre 1751 e 1797, os pesquisadores observaram que crianças eram compradas antes, porque reagiam melhor à experiência traumática.

Comparada à de um adulto, sua taxa de mortalidade era a metade, calcularam os pesquisadores.


Rugendas retratou o sofrimento dos negros em Nègres à Fond de Cale - Cortesia da New York Public Library

No fim da era escrava havia uma percepção geral, por parte dos mercadores, de que as crianças eram mais maleáveis que os adultos, que poderiam ser treinadas em habilidades específicas.

David Richardson, historiador

Assim, uma criança tinha mais chance que um adulto de passar longos períodos – até um ano, no caso estudado – dentro de um navio negreiro, entre todas as fases do tráfico.

Antes que o navio zarpasse para a viagem transatlântica propriamente dita, uma criança passava em média quatro meses dentro da embarcação – um prazo mais de 40 dias superior ao passado por homens.

"Em outras palavras, as estratégias de compra dos mercadores expunham crianças a riscos por mais longos períodos de tempo que os adultos", disse Richardson.

Em uma viagem típica, os navios da Middelburgsche Commercie Compagnie, que operava no oeste africano, zarpariam com 253 escravos, perderiam 33 ao longo do trajeto e venderiam 220 nas Américas.

Sobrevivência

As observações dos pesquisadores não eliminam a validade de explicações levantadas anteriormente, que atribuíam a forte escravização de crianças à escassez de adultos em determinadas áreas da África.

Outra razão, levantada em entrevista à BBC Brasil pelo historiador Manolo Florentino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destaca que senhores brasileiros podem ter sentido necessidade de "importar" mais mulheres e crianças para garantir mão-de-obra futura caso o tráfico negreiro fosse proibido.

Richardson e Hogerzeil destacaram, no entanto, que as condições de aprisionamento dos homens adultos podem estar relacionadas às taxas de mortalidade menores de crianças.

Os homens, comprados aos poucos durante a "fase de carregamento" do navio, entravam em grande quantidade no final da etapa, a menos de um mês ou até a menos de uma semana da partida, verificaram os pesquisadores.

"As condições dos escravos no momento da embarcação é criticamente importante para determinar por que eles sucumbiam mais durante a travessia", diz o estudo.

"Isto pode estar associado a pressões sobre os capitães para levar homens adultos para satisfazer as expectativas dos compradores, o que os encorajava a ser menos rigorosos na seleção."

"Os homens também eram tipicamente vistos como instigadores de rebeliões dentro dos navios, e sofriam mais fatalidades durante esses incidentes."

"Além disso", justificam os pesquisadores, "os homens eram normalmente encarcerados em celas separadas de mulheres e crianças, e normalmente ficavam presos por ferros, sobretudo quando o navio ainda estava próximo da África".

Pablo Uchoa*
De Londres

* Colaborou Sílvia Salek, de Londres.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/04/070405_criancas_escravas_pu.shtml

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Destruição de Hiroshima

Em 6 de agosto de 1945, a cidade japonesa de Hiroshima é destruída pela primeira bomba atômica detonada pelo homem como arma de guerra. A bomba foi lançada de um avião americano modelo B-29, batizado de "Enola Gay". Três dias depois, a segunda bomba destruia Nagazaki, pondo fim à Segunda Guerra Mundial.

 

 

 

Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki

 


A nuvem de cogumelo sobre Hiroshima após a queda da Little Boy

A nuvem de cogumelo resultante da explosão nuclear da Fat Man sobre Nagasaki, 18 km acima do solo, a partir do hipocentro.

Armas nucleares

Uma das primeiras bombas atômicas.

 

Os Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki foram ataques nucleares ocorridos no final da Segunda Guerra Mundial contra o Império do Japão realizados pela Força Aérea dos Estados Unidos da América na ordem do presidente americano Harry S. Truman nos dias 6 de agosto e 9 de agosto de 1945.[1] Após seis meses de intenso bombardeio em 67 outras cidades japonesas, a bomba atômica "Little Boy" caiu sobre Hiroshima numa segunda-feira.[2] Três dias depois, no dia 9, a "Fat Man" caiu sobre Nagasaki. Historicamente, estes são até agora os únicos ataques onde se utilizaram armas nucleares.[3] As estimativas, do primeiro massacre por armas de destruição maciça, sobre uma população civil, apontam para um número total de mortos a variar entre 140 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki,[4] sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação.[5] A maioria dos mortos era civil.[6][7][8]

As explosões nucleares, a destruição das duas cidades e as centenas de milhares de mortos em poucos segundos levaram o Império do Japão à rendição incondicional em 15 de agosto de 1945, com a subsequente assinatura oficial do armistício em 2 de setembro na baía de Tóquio e o fim da II Guerra Mundial.

O papel dos bombardeios atômicos na rendição do Japão, assim como seus efeitos e justificações, foram submetidos a muito debate. Nos EUA, o ponto de vista que prevalece é que os bombardeios terminaram a guerra meses mais cedo do que haveria acontecido, salvando muitas vidas que seriam perdidas em ambos os lados se a invasão planejada do Japão tivesse ocorrido. No Japão, o público geral tende a crer que os bombardeios foram desnecessários, uma vez que a preparação para a rendição já estava em progresso em Tóquio.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Obras de literatura para vestibular

Atenção você que quer entrar em uma universidade ou faculdade de São Paulo!
No dia 7 deste mês começam aqui na Biblioteca Afonso Schmidt os encontros para debater as obras de literatura que vão cair nos principais vestibulares para ingresso em 2013!

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Participe!



BLOG: http://bpaschmidt.wordpress.com
Av. Elísio Teixeira Leite, 1470
Freguesia do Ó - 02801-000 - São Paulo, SP
Tel.: (11) 3975 2305
Sandro Luiz Coelho
Coordenador

terça-feira, 31 de julho de 2012

AFRICANOS NA AMÉRICA ANTES DE COLOMBO

A SAGA DO REI ABUBAKARI II - AFRICANOS NA AMÉRICA ANTES DE COLOMBO


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Imagem que simboliza a presença de africanos na América 500 anos antes dos Europeus

 

"As civilizações negras foram as primeiras civilizações do mundo. O desenvolvimento da Europa esteve na retaguarda, pela última idade do Gelo, um assunto de uns cem mil anos"
Cheik Anta Diop

Os povos africanos migraram para civilizar o planeta antes que os habitantes da Europa estivessem em estágios de desenvolvimento científico. Da África, as populações humanas aprenderam a dar os primeiros passos civilizatórios e científicos.
Contudo, com o regime de escravidão os africanos e seus descendentes na América foram privados de importantes conhecimentos ancestrais, ao passo que conhecimentos pedagogias racistas baseadas na ausência da ancestralidade, na negação do nosso passado em África e no aprendizado forçado da história e ideologias européias, foram impostos como únicas e verdadeiras.
Nas escolas, ensina-se que a nossa história começa com o maldito tráfico negreiro. Somos adjetivados somente como descendentes de escravizados. Omite-se, ainda, a relatar que nossos ancestrais foram prisioneiros de guerra e covardemente seqüestrados com o apoio de duas grandes religiões o cristianismo e o islamismo.
É de suma importância que esta pedagogia seja reelaborada, e a história apresentada anterior às guerras dos invasores europeus em África.
Nessas importantes reelaborações da história mundial, antes da influência da pedagogia eurocêntrica, diversas mentiras, tidas como verdades, estão sendo desmitificadas. O historiador e dramaturgo Mali Gaoussou Diawara tem organizados diversos trabalhos que propiciam essa releitura.
Mali Gaossou Diawara, natural do Mali, nasceu em clip_image001

Ouelessebougou, a 80 km ao sul de Bamako, estudou o ensino primário e secundário no Mali, jornalismo e letras na extinta União Soviética e também o seu doutoramento (Ph. D) (Especialidade em Dramaturgia). Ele é o autor de trabalhos premiados, várias peças teatrais são apresentadas e estudaras em escolas e universidades, no Mali. Diawara é um Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito da França, Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito do Mali, vencedor do Prêmio UNESCO para a poesia e prêmio drama Cross-Africano.
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Diawara afirma em seus escritos que os africanos “descobriram” a América quase dois séculos antes do desembarque fatídico do judeu Cristóvão Colombo. Em suas pesquisas, têm informado e explicado que o silêncio dos griots, os maiores historiadores da história oral africana, tem-se quebrado, paulatinamente, no intuito de divulgar a história de Abubukari II e sua saga pelo Oceano Atlântico.

clip_image003Griots do Mali

Até então, a fascinante história de Abubakari II tem permanecido resguardada e esquecida, por ele ter renunciado ao trono do Império de Mali.
Seu sucessor, Kankan Mansa Musa, o décimo imperador Mansa, ou imperador do Mali durante seu auge no século XIV, entre os anos de 1312-1337, tornou-se famoso por ser um dos grandes benfeitores do conhecimento em Timbuktu. clip_image004Mansa Musa no game Civilization
Durante o período do reinado de Mansa Musa, houve um crescimento do nível de vida urbana nos grandes centros do Mali, especialmente em comparação com o relativo atraso da Europa. Musa fez do Mali um dos principais centros mundiais de conhecimento, estrutura urbana e riquezas.
Mansa Musa também ficou conhecido por sua peregrinação a Meca, onde constituiu uma caravana com mais de seis mil pessoas, incluindo mais de cem camelos carregados com mais de 300 kg de ouro cada.
Ao contrário de Mansa, Abubakari II possuía uma sede insaciável por conhecimento. Diawara o descreve como um monarca Africano que abdicou do trono em 1311 e partiu para descobrir se o Oceano Atlântico, era grande como o grande rio Níger. A meta do imperador malinês era descobrir se o oceano Atlântico tinha outra margem - como tinha o rio Níger, que cortava os seus domínios.
A saga de Abubakari II não foi aceita por seus conselheiros, que instruíram aos griots que não relatassem sobre esta grande proeza. Contudo, as pesquisas de Diawara têm trazido à tona uma riqueza de informações sobre grande parte da história do império de Mali, que foi deliberadamente ignorado pelos griots,clip_image005 tornando-se mais uma das provas incontestes do desenvolvimento cientifico africano.
Pesquisadores afirmam que a frota de Abubakari II era formada de 2.000 barcos carregados com homens, mulheres, alimentos para o gado e água potável, partindo do que é a costa de Gâmbia atual. O imperador Abubakari II deu-se todo o poder do ouro que possuía, em buscar o conhecimento e descoberta no Grande mar além do rio Níger, nunca mais voltando a sua terra natal e provavelmente se estabelecido com o seu povo nas Américas.
Abubakari II, também era conhececido como Mande Bukari, vivia próximo da mais completa universidade do mundo, a época, na cidade de TIMBIKUTU, sede da Universidade de Sankoré.

 

 

 

 

clip_image006Timbikutu

De acordo com Mark Hyman, autor do livro - Blacks Before America-, Abubakari II estava interessado em histórias de estudiosos de um "mundo em forma de cabaça, o grande oceano a oeste e o novo mundo para além desse. Hyman afirma que os maleses entrevistaram navegadores e construtores do Egito e de cidades do Mediterrâneo, decidindo construir seus próprios navios na costa da Senegâmbia. Os preparativos para a viagem incluiu carpinteiros, ferreiros, navegadores, mercadores, artesãos, joalheiros, tecelões, mágicos, adivinhos, pensadores e o militares, e que todos os navios puxaram uma fonte de barco com os alimentos clip_image007por dois anos, carne seca, grãos, frutas em conserva em potes de cerâmica, e de ouro para o comércio.
Diawara realiza em seu livro, Abubakari II, Explorador Mandingo (tradução livre de Abubakari II, Explorateur Mandingue), a síntese de mais de vinte anos de pesquisa sobre o imperador, que em 1312 renunciou voluntariamente ao poder de vasto império no Oeste Africano.
As pesquisas de Diawara, embasadas em provas arqueológicas, lingüísticas e na tradição oral dos griots, comprovam, mais uma vez, a presença Africana nas Américas antes da chegada dos invasores europeus.
Segundo Tiemoko Konate, um dos pesquisadores que trabalham com Diawara, a frota de Abubakari teria ancorado na costa do Brasil, no local hoje conhecido como a cidade do Recife, in verbis:
“Seu outro nome é Purnanbuco, o que acreditamos é que é uma aberração do Mande para os campos do rico ouro que representavam grande parte da riqueza do Império Mali, Boure Bambouk.”
Konate também cita testes, semelhantes aos descritos por Ivan Van Sertima, mostrando que as pontas de lanças de ouro encontradas por Colombo nas Américas, foram forjadas de ouro originalmente de Guiné no Oeste Africano.
Van Sertima descreveu como, de acordo com os próprios escritos de Colombo, as pessoas que viviam na ilha de Hispaniola (mais tarde, Haiti e República Dominicana) eram negras, corroborando com os estudos de Diawara, verbis:
"as pessoas de pele negra tinham vindo do comércio sul e sudeste em ouro lanças feitas de metal. Colombo enviou amostras destas lanças de volta à Espanha para ser testado, e foram considerados idênticos em suas proporções de ligas de ouro, prata e cobre, lanças, em seguida, sendo forjado no Africano da Guiné. Fernando, filho de Colombo, disse que seu pai havia lhe dito que tinha visto pessoas negras norte do que hoje é Honduras.”
Van Sertima, em seu trabalho mais famoso: They Came Before Columbus, dividiu a presença africana nas Américas em distintos períodos históricos, a saber:
Primeiro, entre 1200 e 800 a.C, quando os núbios e os egípcios chegaram ao Golfo do México e trouxeram a escrita e a construção de pirâmides.
Segundo, em 1310 d.C, quando a civilização mandinga se estabeleceu no México, Panamá, Equador, Colômbia, Peru e diversas ilhas do Caribe.

clip_image008Comparação entre núbios e monumento dos Olmecas no México

Nesse sentido, alguns pesquisadores acreditam que a população Garifuna da América Central é descendente da expedição de Abubakari II.

clip_image009Garifunas da América Central

As pesquisas afrocêntricas têm derrubados mitos, mentiras e desvirtuações da história da humanidade realizadas por estudiosos ocidentais e suas academias serviçais da manutenção da supremacia européia. Contudo, diante das incontestes provas arqueológicas e históricas evitam o debate e ficam enfezados (em fezes) quando os cientistas afrocêntricos descrevem os fatos livres da manipulação supremacistas europeus.

 

Autor Kefing Foluke.

http://cnncba.blogspot.com.br/2010/11/saga-do-rei-abubakari-ii-africanos-na.html

Libertação dos indíos brasileiros 31 de julho 1.609

 
Colagem Libertação
 
Fatos históricos do dia 31 de julho

Índios Brasileiros
Em 31 de julho de 1609, os indígenas brasileiros são libertados. Quando os portugueses chegaram, havia mais de 2 milhões de índios somente no litoral da Bahia. Os povos eram divididos em troncos lingüísticos, dos quais se destacavam os Jês, os Nu aruak, os Karibi e os Tupis. A maioria dos índios era chamdada de tupi.
A Escravidão indígena no Brasil
Antes de entendermos o Brasil, temos que entender a história da escravidão no Brasil:
Antes da chegada dos portugueses a escravatura não era praticada no Brasil. Há grande dificuldade em se analisar a sociedade e os costumes indígenas devido à diferença entre a nossa cultura e a dos índios, e ainda hoje existem fortes preconceitos em torno da temática, sem contar a falta de dados, da diversidade de documentos escritos e da dificuldade de se obtê-los. Os europeus, quando aqui chegaram, encontraram uma população bastante parecida em termos culturais e lingüísticos. Esses indígenas se encontravam espalhados pela costa e pelas bacias dos rios Paraná e Paraguai. Não obstante a semelhança de cultura e língua, podemos distinguir os indígenas em dois grandes blocos: os tupis-guaranis e os tapuias. Os tupis-guaranis se localizavam numa extensão que vai do litoral do Ceará até o Rio Grande do Sul. Os tupis ou tupinambás dominavam a faixa litorânea do norte até a Cananéia, no sul do atual Estado de São Paulo; os guaranis, na bacia do Paraná-Paraguai e no trecho do litoral entre Cananéia e extremo sul do Brasil de anos mais tarde.
Em alguns pontos do litoral, outros grupos menores dominavam. Era o caso dos goitacazes, na foz do rio Paraíba, e pelos aymorés no sul da Bahia e norte do Espírito Santo ou ainda pelos tremembés no litoral entre o Ceará e o Maranhão. Esses outros grupos eram chamados de tapuias pelos tupis-guaranis, pois falavam outra língua.
Entre as tribos indígenas, além das atividades como a caça, a coleta de frutas, a pesca e, é claro, a agricultura, havia também guerras e capturas de inimigos. Para a agricultura usavam a terra até seu esgotamento relativo. Depois se mudavam definitiva ou permanentemente para outras áreas. A derrubada de árvores e as queimadas eram um modo costumeiro de preparar a terra para a lavoura e essa técnica foi incorporada mais tarde pelos colonizadores. Plantavam feijão, milho, abóbora e especialmente mandioca da qual faziam a farinha, que se tornou um alimento básico no Brasil a partir do período colonial.
divulgação


 
 


As barreiras à escravização dos índios datam do início da colonização, 1530, mas o cativeiro indígena foi mais tenazmente combatido somente com a chegada dos jesuítas, em 1549, e a implantação do processo de aldeamento. Neste combate, os jesuítas contaram com o apoio da Coroa. O Padre Antônio Vieira foi figura essencial para a implantação da lei de libertação dos indígenas. Em 31 de julho de 1609, os indígenas do Brasilsão libertados.
Na caravela em que não embarcara Vieira, haviam chegado antes dele ao Maranhão não apenas os padres dos quais ele seria o provincial, mas também um novo capitão-mor que trazia carta do rei alforriando todos os índios da província. Por falta de escravos negros, eram os índios os escravizados para os trabalho nas fazendas e na cidade. Aguardou-se a chegada de Vieira para a publicação da lei. O povo afluiu à Câmara em protesto. A libertação dos índios causaria a perda econômica que seria fatal para a província. Atribuíram aos jesuítas haverem conseguido aquela lei dada pelo monarca e se indignaram contra os padres, clamando expulsão e mesmo morte, para Vieira e seus companheiros.
Vieira habilmente encontrou a solução que apaziguou momentaneamente os ânimos. Propôs que aqueles índios que eram legalmente escravos fossem assim mantidos, mas aqueles mantidos ilegalmente em cativeiro fossem daí por diante pagos como trabalhadores livres. Como os colonos não tinham propósito algum de pagar, aceitaram satisfeitos a solução e voltaram com seus índios para suas fazendas, onde a situação dos silvícolas continuou a mesma.
A questão dos índios não chegava por nenhum dos lados a solução aceitável: nem os colonos desistiam do sistema de escravidão que tinham instituído; nem os jesuítas deixavam o propósito de lhes subtrair, ou pelo menos limitar, o domínio sobre os silvícolas cristianizados.
Achando-se os jesuítas acuados e limitados pelo poder dos fazendeiros, Vieira decidiu com seus companheiros que iria a Portugal tratar as questões com o rei. Em sua breve visita a Portugal,de 1654 a 1655, ele obteve decretos protegendo os índios da escravidão e um monopólio para os jesuítas na proteção dos índios.
Fonte: IBGE ; Cobra pages

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Hoje quarta-feira termina o prazo para pagamento do Enem

Termina nesta quarta-feira prazo para pagamento de inscrição no Enem

Redação SRZD | Nacional | 20/06/2012 10h29

Esta quarta-feira é o último dia para que os candidatos paguem a taxa de inscrição, de R$ 35, para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Quem não fizer o pagamento perderá a inscrição para a prova, que é usada como processo seletivo de universidades públicas e particulares.

O boleto foi gerado no ato de inscrição e continua disponível para impressão no site do Inep. O pagamento deve ser feito em qualquer agência do Banco do Brasil, mesmo que o estudante não seja cliente. Alunos do 3º ano do ensino médio de escolas públicas estão isentos do pagamento.

O Enem será aplicado nos dias 3 e 4 novembro e registrou 6,4 milhões de inscritos. O gabarito será divulgado na mesma semana, no dia 7, e o resultado final no dia 28 de dezembro.

http://www.sidneyrezende.com/noticia/174740+termina+nesta+quarta+feira+prazo+para+pagamento+de+inscricao+no+enem

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Inscrição para o Enem acaba sexta dia 15 de junho

Inscrição para o Enem acaba sexta dia 15 de junho; MEC espera 6 milhões de candidatos
11 de junho de 2012 15h59

Os estudantes que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm até as 23h59 da sexta-feira para se inscrever no concurso. O Ministério da Educação espera 6 milhões de inscritos para a edição deste ano da prova (próximo do número do ano passado, 6.221.697).

O último balanço, divulgado no dia 4, indica 2,3 milhões de candidatos registrados. As inscrições para o Enem ocorrem pela internet e o estudante deve pagar a taxa de R$ 35 até o dia 20. Aluno de escola pública e que tenha baixa renda pode pedir a isenção - também pela internet, no momento da inscrição.

As provas ocorrem nos dias 3 e 4 de novembro a partir das 13h (de Brasília), o gabarito está previsto para ser divulgado no dia 7 de novembro e o resultado final, no dia 28 do mesmo mês. No primeiro dia, sábado, serão realizadas as provas de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias, com duração de quatro horas e meia. No domingo, os estudantes terão cinco horas e meia para fazer as de matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias e a redação.

INSCRIÇÕES PARA O ENEM: http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao/

Notícias Terra http://noticias.terra.com.br/educacao/enem/noticias/0,,OI5829618-EI8398,00-Inscricao+para+o+Enem+acaba+sexta+MEC+espera+mi+de+candidatos.html

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Múmia do Ötzi, desvendado DNA.

Segredos do homem do gelo

Equipe internacional de pesquisadores completa o sequenciamento do DNA humano mais antigo já coletado de uma múmia. O genoma revela a origem genética e as características físicas de um homem da Idade do Cobre assolado por doenças atuais.

Por: Sofia Moutinho

Publicado em 29/02/2012 | Atualizado em 29/02/2012

Segredos do homem do gelo

Ötzi, o homem do gelo, teria tido olhos castanhos, saúde debilitada e deixado descendentes na região italiana onde hoje é a Sardenha. (foto: South Tyrolean Museum of Archaeology)

Um homem na casa dos 40 anos, de pele branca, cabelos e olhos castanhos, com problemas cardíacos, intolerância à lactose e uma doença provocada por um parasita do carrapato. A descrição, que poderia ser de qualquer indivíduo moderno, é resultado da interpretação do genoma de Ötzi, o homem do gelo, mais antiga múmia humana a ter seu DNA sequenciado. O código genético pré-histórico, de cerca de 5.300 anos, pode ajudar a compreender a evolução e a expansão do homem na Terra.

Ötzi, que viveu no período Calcolítico, ou Idade do Cobre (3000-1800 a.C.), foi descoberto em 1991 por um casal de alpinistas alemães na parte italiana dos Alpes Ötztal – daí o nome. Desde então, está em exibição no Museu Arqueológico do Tirol do Sul, em Bozano, Itália.

A equipe internacional de pesquisadores responsável pela análise do DNA do homem do gelo, iniciada em 2010 e publicada ontem (28/2) na revista Nature Communications, usou uma mostra recolhida do osso do quadril da múmia para destrinchar a sua história.

Para detectar características físicas e propensões genéticas do homem, os pesquisadores se basearam na análise de Snps. Esses marcadores genéticos são originados na troca de um par de base nitrogenada durante a transcrição do DNA – por exemplo, uma sequência que deveria ser ATCG, por erro, vira ATGG. 

Essas variações de base nitrogenada, que são passadas de geração para geração, nem sempre têm implicações para quem as carrega, mas podem determinar algumas características físicas, a presença ou risco de desenvolvimento de doenças e também a etnicidade, já que se tornam típicas de determinados grupos humanos que conviveram por muito tempo. 

Na análise do DNA de Ötzi, os pesquisadores identificaram marcadores relacionados ao risco de doenças coronarianas e à intolerância à lactose

Na análise do DNA de Ötzi, os pesquisadores identificaram Snps relacionados ao risco de doenças coronarianas e à intolerância à lactose. Uma tomografia feita na múmia confirmou: o homem do gelo tinha sinais de calcificação no coração próprios de quem sofreu de arteriosclerose. 

“A predisposição a doenças cardiovasculares é considerada uma característica do homem moderno e chamada de doença da civilização”, diz Albert Zink, líder da pesquisa e antropólogo molecular do Instituto do Homem do Gelo e Múmias. “Com o genoma de Ötzi, sabemos que as mutações genéticas que levaram a isso já estavam presentes há mais de cinco mil anos.”

A intolerância à lactose do homem do gelo também diz muito sobre a evolução e a saúde humana. Zink explica que a capacidade do homem de beber leite depois de adulto sem ter problemas só surgiu depois da domesticação de animais leiteiros na Europa. O período preciso da mudança ainda é incerto, mas o genoma de Ötzi oferece mais uma pista.

“Na época de Ötzi, era provável que as pessoas ainda fossem majoritariamente intolerantes à proteína do leite”, explica. “E essa evidência é mais uma das contribuições da pesquisa. É importante investigar o marcador genético associado a essa característica para entender como e quando essa mudança tão significativa ocorreu.”

Múmia do Homem do Gelo
O genoma de Ötzi é o mais antigo já sequenciado a partir de uma múmia. (foto: Wikimedia Commons/ Jacklee)

Junto ao DNA do homem do gelo, os cientistas encontraram ainda o material genético do parasita Borrelia burgdorferi, causador da doença de Lyme. Transmitida pela picada de carrapatos, a enfermidade, diagnosticada apenas no século 18, provoca desde sintomas leves, como irritação cutânea, até mais graves, como distúrbios neurológicos. 

Esse é o registro mais antigo da doença e pode ajudar a explicar estranhas marcas encontradas na pele de Ötzi. Alguns arqueólogos acreditam que as pequenas linhas tatuadas no homem eram uma forma antiga de tratamento, uma espécie de acupuntura pré-histórica ocidental, e a doença de Lyme poderia ser o alvo dessa terapia.  


Origem revelada

Depois de terminar o sequenciamento do genoma de Ötzi, os pesquisadores utilizaram bancos de dados e programas de computador para comparar o DNA da múmia com o de humanos modernos. 

O material genético do homem do gelo foi confrontado com amostras de mais de 1.300 europeus, 125 indivíduos de populações africanas e 20 pessoas do Oriente Médio. Mas só apresentou marcadores compatíveis com o DNA de europeus, mais especificamente de pessoas que vivem na ilha italiana Sardenha. 

O material genético do Homem do Gelo apresentou marcadores compatíveis com o DNA de europeus, mais especificamente sardenhos

Zink explica que os marcadores genéticos de ancestralidade compartilhados pela múmia e pelos sardenhos pertencem a um grupo de humanos que teve origem no Oriente Próximo, região que abrange o sudoeste asiático e os países mediterrâneos, e foi introduzido na Europa durante o período Neolítico (10.000-6.000 a.C.). 

“Hoje, esses marcadores genéticos são muito raros e só são encontrados em áreas isoladas como as ilhas de Córsega e Sardenha”, diz Zink. “Em outros lugares, esse grupo foi substituído por outras populações.”

A pista genética é compatível com as teorias arqueológicas correntes sobre o homem do gelo, segundo as quais ele teria vivido em algum povoado próximo ao Mar Tirreno – parte do Mar Mediterrâneo que se estende ao longo da costa oeste italiana – e depois migrado para os Alpes. 

Segundo o líder do estudo, a identificação da origem genética de Ötzi pode ser útil ainda para estudos mais aprofundados sobre a expansão do homem antigo na Terra.  

“Embora o genoma de um só indivíduo seja pouco para refazer a história demográfica humana, a presença desse grupo específico na Itália no início da Idade do Cobre traz novos elementos para futuras pesquisas que visem entender as migrações da época, especialmente o fluxo entre as comunidades alpinas e mediterrâneas.”

http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2012/02/segredos-do-homem-do-gelo

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Cancelamento da edição do Enem de abril

Terça, 21 Fevereiro 2012 00:01

MEC confirma cancelamento da edição do Enem de abril

 

MEC confirma cancelamento da edição do Enem de abril

O Ministério da Educação confirmou o cancelamento da edição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que aconteceriam nos dias 28 e 29 de abril.

O então ministro Fernando Haddad já havia anunciado o cancelamento da prova no dia 20 de janeiro deste ano. O ministério informou na ocasião que a realização de duas edições no ano "sobrecarregaria as estruturas logísticas do exame".

No entanto, a portaria cancelando a realização do segundo exame neste ano só foi publicada na edição desta quarta-feira no Diário Oficial da União.

A edição do Enem do segundo semestre, nos dias 3 e 4 de novembro, está mantida.

Durante evento no Palácio do Planalto, um dia antes da saída de Haddad, a presidente Dilma Rousseff prometeu as duas edições para o ano que vem.

O novo ministro Aloizio Mercadante não garantiu a realização de dois exames em 2013.

"Estamos trabalhando com essa possibilidade, mas primeiro vamos resolver o problema da ampliação do banco [banco de questões]", disse o Mercadante.

http://www.difusora1340.com.br/noticias/educacao/item/412-mec-confirma-cancelamento-da-edi%C3%A7%C3%A3o-do-enem-de-abril.html

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O surgimento da Lua

Hipótese do grande impacto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Big Splash)
Concepção artística mostra a colisão entre a Terra (esq.) e o planeta Theia, com tamanho aproximado ao de Marte. Foto: Nasa/Reprodução
 


A ilustração da hipótese do impacto gigante, acredita-se ter formado pela Lua.
A Hipótese do grande impacto (em inglês Giant impact hypothesis ou Big Splash) é uma hipótese astronómica que postula a formação da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o tamanho de Marte, conhecido como Theia, com a Terra. A teoria foi proposta pela primeira vez em 1975 por investigadores do Instituto de Ciências Planetárias de Tucson e do Instituto Harvard-Smithsonian de Astrofísica. Desde então diversos trabalhos de modelação numérica têm vindo a detalhar esta ideia, que é actualmente considerada consensual na comunidade científica.

Índice

Lua

Ver artigo principal: Lua
A Lua é o único satélite natural da Terra e tem várias características em comum e contrárias ao nosso planeta, postas em evidência depois da investigação das amostras recolhidas pelas missões Apollo. Por um lado, a composição dos isótopos estáveis das rochas lunares de oxigénio é idêntica à assinatura característica da Terra e bastante diferentes de outros objetos siderais. Isto sugere que a Lua, ou o seu precursor, tenha tido origem na mesma distância do Sol que a Terra, à data da formação do sistema solar.
Esta descoberta pôs de parte teorias mais antigas que sugeriam a Lua como um objeto capturado pela órbita da Terra, visto que se fosse esse o caso, a Lua teria composições isotópicas distintas. A Terra é formada por um núcleo interior de ferro e níquel, um manto composto por rochas silicatadas e a crosta terrestre constituída essencialmente por granito e basalto. O núcleo ferroso representa cerca de trinta por cento da massa da Terra. Pelo contrário, a Lua é composta essencialmente por rochas silicadas equivalentes à do manto da Terra e tem um núcleo ferroso mínimo, que compõe cerca de 8 por cento da sua massa. Esta disparidade impede que a Lua tenha sido formada por acrecção tal como a Terra, pois se tal tivesse sucedido, a proporção de ferro seria semelhante nos dois astros.
Qualquer tentativa de explicação para a formação da Lua tem que ter em conta estas duas características: a composição isotópica e a proporção do núcleo de Ferro. A hipótese do Big Splash consegue harmonizar estas duas perspectivas, mas levanta outra série de problemas: o que é que colidiu com a Terra para formar a Lua, e de onde surgiu este corpo?
BigSplash.png

Theia

Ver artigo principal: Theia
De acordo com a composição isotópica da Lua, o objecto que colidiu com a Terra, denominado Theia (Halliday 2000; Hartmann and Davies 1975, Cameron and Ward 1976 and Cameron 1984) deve ter tido origem dentro da órbita terrestre. Inicialmente pensava-se que a força gravítica da Terra agregou todo o material ao seu alcance para formar o planeta. No entanto, conforme sugerido em 1772 pelo matemático Lagrange, existem cinco pontos na órbita da Terra nos quais os efeitos da gravidade do planeta se anulam em relação ao Sol. Dois dos pontos de Lagrange – L4 e L5 – são considerados estáveis uma vez que qualquer material que lá se encontre só pode ser libertado por colisão ou qualquer outro evento catastrófico. L4 e L5, situados a 150 milhões de quilómetros da Terra, são, portanto, zonas com potencial para permitir acrecção planetária em competição com a Terra. Foi em L4 que se pensa que Theia se terá começado a formar há 4,5 bilhões de anos atrás, no Hadeano.
Com o decurso da acrecção, Theia aumentou progressivamente de tamanho, atingindo uma dimensão comparável à de Marte. Este crescimento tornou instável a sua posição em L4, a partir de 20 a 30 milhões de anos do seu aparecimento. Nesta altura, a força gravitacional impulsionava Theia para fora do ponto lagrangiano, ao mesmo tempo que a força de Coriolis puxava o planeta de volta para a origem (o tratamento mais preciso do problema é feito no contexto do problema dos três corpos da Mecânica celeste). Esta combinação de forças levou ao desenvolvimento de uma órbita cíclica em ferradura: Theia adquiria velocidade e escapava de L4 até um determinado ponto, sendo depois puxada de volta. Num novo ciclo, o planeta adquiria velocidade e alcançava um ponto mais distante até a força de Coriolis ganhar o balanço de novo. Esta órbita em ferradura, ilustrada na figura do meio, continuou até Theia adquirir massa suficiente para escapar de vez a L4.

[editar] Big Splash – a formação da Lua

Enquanto Theia se encontrava presa nesta órbita cíclica, a Terra teve tempo para se diferenciar na estrutura de núcleo e manto que actualmente exibe. A crosta era apenas incipiente, visto que a superfície estava ainda quente demais para permitir a formação de massas continentais. Theia também deve ter desenvolvido alguma estratificação durante a sua estadia em L4.
Big Slash.gif
Animação mostrando a criação da lua através de uma colisão entre a Terra e Téia.
Quando Theia cresceu o suficiente para escapar do ponto lagrangiano entrou numa órbita instável e a colisão com a Terra tornou-se inevitável, visto que ambos os planetas ocupavam a mesma órbita. Os investigadores acreditam que o impacto – o Big Splash – possa ter acontecido escassas centenas de anos após o escape definitivo. A colisão não foi frontal, mas sim de lado, e ocorreu a uma velocidade de 40,000 quilómetros por hora. Parte substancial do núcleo de Theia afundou-se na Terra e o seu material incorporou o núcleo terrestre. O resto do planeta e parte da zona superficial da Terra foram projetados para o espaço. O que sobrava do núcleo estabilizou a cerca de 22.000 km da Terra apenas 27 horas depois do impacto, segundo a modelação utilizada pelos cientistas, num percursor do que seria a Lua.
Depois do Big Splash, o material resultante do impacto foi acreccionado às sobras do núcleo de Theia e pouco a pouco a Lua como satélite adquiriu consistência. As forças de maré fizeram (e continuam fazendo) a Lua se afastar da Terra, sendo a distância média atual de 385.000 km. Calcula-se que cerca de 90 por cento do seu material seja originário dos destroços do planeta Theia. O Big Splash explica as duas características da Lua que mais têm intrigado os cientistas: a Lua tem a mesma composição isotópica das rochas da Terra porque o seu percursor (Theia) se desenvolveu na mesma distância relativa do Sol; tem uma proporção de núcleo ferroso bastante inferior porque a parte principal do núcleo de Theia afundou na Terra na altura da colisão.
Esta teoria encontra hoje em dia bastante aceitação dentro da comunidade científica embora persistam no entanto algumas dúvidas e pontos por esclarecer. Um dos principais problemas é a posição e existência dos pontos lagrangianos na época do Big Splash, que pode ser afetada pelas condições do sistema solar há 4,5 bilhões de anos, que não são conhecidas na sua totalidade.
Fonte wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Splash
 

Notas e referências