domingo, 23 de março de 2014

Tomada do forte paraguaio de Curapaiti

23 de março de 1868 – Guerra do Paraguai

Tomada do forte paraguaio de Curapaiti

Guerra do Paraguai (1024x576)

A participação da população negra

“A guerra do extermínio” ou “Genocídio Sul Americano”

Após dois anos impedindo o progresso das forças aliadas, o forte paraguaio de Curupaiti é tomado pelas forças lideradas pelo comandante-em-chefe do Exército brasileiro no Paraguai, o então Marquês de Caxias.

Os voluntários da pátria?!

A proporção racial dos combatentes brasileiros chama a atenção. Os bravos nobres “voluntários da pátria” enviavam seus escravos para o campo de batalha. Para cada combatente branco existiam pelo menos 45 negros ou afro-descendentes.

Batalha curupaiti

Batalha do Curapaiti 1866

Uma Guerra Impopular - com escravos negros brasileiros, "voluntários da pátria" indo a ferros para o front. Corrupção deslavada ao início da Guerra do Brasil contra o Paraguai (levando Uruguai e Argentina pela mão contra seu irmão de língua espanhola).

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Soldado Zuavo da Bahia

A mobilização das companhias negras na Bahia (e em Pernambuco) durante a Guerra do Paraguai (1864-70). A organização dessas companhias racialmente segregadas era muito semelhante ao resto da mobilização brasileira, mas também remontava ao legado da milícia negra colonial e ao serviço dos seus integrantes na guerra pela Independência na Bahia. Muitos soldados e oficiais negros se distinguiram nos combates de 1866, mas o governo e o Exército brasileiros relutavam em aceitar a identidade racial implícita dessas unidades, e elas foram extintas antes do final daquele ano. Além de corrigir os muitos equívocos sobre os zuavos baianos repetidos com frequência na bibliografia acadêmica e popular, este artigo reflete sobre a complexidade da política racial na sociedade brasileira imperial e a visão negra do serviço ao Estado (e de cidadania) estreitamente ligado ao serviço militar.

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José Júlio Chiavenatto faz um balanço final de quem ganhou e quem perdeu com o massacre genocida perpetrado pelo Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai. A maior beneficiária - de longe - foi a Inglaterra.

Cadaveres paraguaios 

Mortos paraguaios

O Paraguai perdeu mais de 90% de sua população masculina com muitas mulheres e crianças escravizadas no Brasil, no Uruguai e na Argentina. Os países "vencedores" estavam tão endividados para com a Inglaterra que muito do que chamamos de "dívida externa", recentemente "internalizada" no Brasil e na Argentina por ordem do FMI, começa com aquela guerra impopular da chamada "Tríplice Aliança" contra a única Nação industrializada da América Latina.

Para muitos, notadamente o historiador Júlio José Chiavenato, o grande número de homens negros nas fileiras brasileiras evidencia uma política genocida propositalmente executada pelos comandantes que usavam esses soldados como bucha de canhão, especialmente depois do começo do recrutamento sistemático de escravos em fins de 1866

Fontes: Os companheiros de Dom Obá: Os zuavos baianos e outras companhias negras na Guerra do Paraguai - Hendrik Kraay

A Guerra contra o Paraguai - Julio José Chiavenatto

A participação dos negros escravos na guerra do Paraguai - André Amaral de Toral