sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Quanto Portugal pagou pelo Nordeste aos holandeses

Reparações? Veja quanto Portugal pagou para retomar o Nordeste, mesmo os brasileiros tendo vencido os holandeses.O negócio do Brasil”

Como Portugal comprou o Nordeste dos holandeses R$ 3 bilhões

Em livro relançado, historiador brasileiro diz que lusitanos pagaram o equivalente a 63 toneladas de ouro para ter região de volta mesmo depois de derrotar holandeses no século 17.


O Negocio do Brasil



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Quadro do pintor brasileiro Victor Meirelles de Lima retrata Batalha dos Guararapes (1648/1649), que encerrou período do domínio holandês no Brasil (Foto: BBC/Wikipedia)

Mesmo depois de terem sido derrotados, os holandeses receberam dos portugueses o equivalente a R$ 3 bilhões em valores atuais para devolver o Nordeste ao controle lusitano no século 17.

O pagamento ─ que envolveu dinheiro, cessões territoriais na Índia e o controle sobre o comércio do chamado Sal de Setúbal – correspondeu à época a 63 toneladas de ouro, como conta Evaldo Cabral de Mello, historiador e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), no livro "O negócio do Brasil", que está sendo relançado em uma nova edição ilustrada pela Editora Capivara, de Pedro Correia do Lago, ex-presidente da Fundação Biblioteca Nacional. A edição original foi lançada em 1998.

Em valores atuais, o montante equivaleria a 480 milhões de libras esterlinas (ou cerca de R$ 3 bilhões). O cálculo foi feito à pedido da BBC Brasil por Sam Williamson, professor de economia da Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos, e co-fundador do Measuring Worth, ferramenta interativa que permite comparar o poder de compra do dinheiro ao longo da história.

"Esta foi a solução diplomática para um conflito militar. O pagamento fez parte da negociação de paz. O que não quer dizer que a guerra não tenha sido necessária", afirmou Cabral de Mello à BBC Brasil.

'Pechincha'

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Bandeira da Nova Holanda, como ficou conhecida a colônia da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais no Brasil (Foto: BBC/Wikipedia)

Os holandeses ocuparam o Nordeste por cerca de 30 anos, de 1630 a 1654, em uma área que se estendia do atual Estado de Alagoas ao Estado do Ceará. Eles também chegaram a conquistar partes da Bahia e do Maranhão, mas por pouco tempo.

Por trás das invasões, havia o interesse sobre o controle do comércio e comercialização da matéria-prima.

Isso porque, como conta Cabral de Mello, antes mesmo de ocupar o Nordeste, os holandeses já atuavam na economia brasileira com o apoio de Portugal, processando e refinando a cana de açúcar brasileira.

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Gravura holandesa retrata o cerco a Olinda em 1630 (Foto: BBC)

"Quando o reino português foi incorporado pela Espanha, essa parceria acabou. Os espanhóis romperam esse acordo, que rendia altos lucros aos holandeses. Além disso, a relação entre os holandeses e os espanhóis já não era boa, já que a Holanda havia se tornado independente do império espanhol em 1581", diz o historiador.

Durante o período em que ocuparam parte do Nordeste, os holandeses foram responsáveis por inúmeras mudanças importantes, inclusive urbanísticas, principalmente durante o governo de Johan Maurits von Nassau-Siegen, ou Maurício de Nassau.

Com o intuito de transformar Recife na "capital das Américas", Nassau investiu em grandes reformas, tornando-a uma cidade cosmopolita. Apesar de benquisto, ele acabou acusado por improbidade administrativa e foi forçado a voltar à Europa em 1644.

'Sem heroísmo'

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Quadro do pintor espanhol Juan Bautista Maíno retrata reconquista de Salvador pelas tropas hispano-portuguesas (1635) (Foto: BBC)

Naquele ano, Portugal já havia se separado da Espanha, mas demorou para enviar soldados para retomar o Nordeste. A região só foi reintegrada em janeiro de 1654.

Cabral de Mello, que é especialista no período de domínio holandês, diz que a tese de que os holandeses foram expulsos pela valentia dos portugueses, índios e negros "não é completa".

"Os senhores de engenho locais financiaram a luta pela expulsão dos holandeses, já que deviam mundos e fundos à Companhia das Índias Ocidentais, que lhe havia emprestado dinheiro. Eles, no entanto, não tinham como pagar a dívida", explica o historiador.

"Os holandeses acabaram derrotados, mas não sem antes pressionar Portugal pelo pagamento dessa dívida, inclusive chegando a bloquear o Tejo (Rio Tejo). O pagamento não foi feito em ouro, mas um observador da época fez a correspondência para o metal precioso".

"Portugal teve de pagar 10 mil cruzados aos holandeses. Também fez parte do acordo a transferência do controle de duas possessões territoriais portuguesas na Índia ─ Cranganor e Cochim ─ e o monopólio do comércio do Sal de Setúbal".

Luís Guilherme Barrucho Da BBC Brasil em Londres 12/10/2015

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Salve o Almirante Negro! - Homenagem que a Ditadura Militar não apagou

 

HOJE na HISTÓRIA – 6 de Dezembro de 1969
JOÃO Cândido a Revolta da Chibata e o Encouraçado POTEMKIN.
►MORRIA um dos líderes da Revolta da Chibata, JOÃO CÂNDIDO Felisberto, também chamado de Almirante Negro, aos 89 anos, em um dia como este, no Rio de Janeiro. Ele liderou a revolta da Chibata, que denunciou o uso sistemático da violência dentro da Marinha do Brasil contra marinheiros de baixa patente.

NOS CAMINHOS do mar, João Cândido conheceu muitos lugares, onde pode aprender sobre seu ofício e sobre a luta dos trabalhadores.
►NUMA das viagens que fez à Grã-Bretanha, em 1908, ficou sabendo da revolta dos marinheiros russos (do Encouraçado POTEMKIN), acontecida em 1905, na qual reivindicavam melhor alimentação e condições de trabalho.

Gravação histórica ao vivo, feita durante a sessão musical, com voz e violão (Happy Hour), que aconteceu no Restaurante Dom Maior, no centro do Rio de Janeiro, dia 20 de agosto de 2010.
Apresento aqui, pela primeira vez, uma das "versões" da letra original, sem a censura que ela sofreu em 1974, durante a ditadura militar no Brasil.
Como foi a primeira vez que eu a cantei, e em clima de improviso, pois resolvi fazer isso momentos antes, algumas vezes eu mencionei as palavras da letra censurada, que a Elis e o João Bosco gravaram, em plena ditadura militar, e que ainda estão fortes no meu subconsciente, apesar do Aldir ter brincado com essas trocas e colocado palavras que dão um sentido esquisito pra letra ! :)
Depois de gravar esse vídeo, descobri que existem várias "versões" desta letra original, na internet ...
Por sorte, encontrei um vídeo da Elis cantando - no Chile - a versão original.
http://www.youtube.com/watch?v=g7N1zt...
Pretendo, brevemente, gravar outro vídeo, com essa versão, que - cantada pela Elis, lá no Chile, na própria época de lançamento da música e em plena ditadura militar ( ... a brasileira ...) eu considero definitiva e que transcrevo abaixo:
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O Mestre-Sala dos Mares (título liberado)
Compositores: Aldir Blanc e João Bosco
Ano: 1973
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"ALMIRANTE NEGRO" (Título original)
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(Letra original)
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como Almirante Negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar, na alegria das fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos negros pelas pontas das chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que a exemplo do marinheiro gritava - não!
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o Almirante Negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo...

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Outras ótimas informações sobre João Cândido (o Almirante Negro), a Revolta da Chibata, a experiência de Aldir Blanc e João Bosco frente à censura desta letra, durante a ditadura militar brasileira.
http://www.dhnet.org.br/memoria/texto...
http://www.artilhariacultural.com/?p=...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_...
http://recantodasletras.uol.com.br/co...

domingo, 26 de junho de 2016

Operação Brother Sam e o Golpe de 64

Operação Brother Sam: Golpe de 64 teve apoio dos EUA.

A Operação Brother Sam foi desencadeada pelo governo dos Estados Unidos, sob a ordem de apoiar o golpe de 1964 caso houvesse algum imprevisto ou reação por parte dos militares que apoiavam João Goulart (Jango), consistindo de toda a força militar da Frota do Caribe, liderada por um porta-aviões da classe Forrestal da Marinha dos Estados Unidos e outro de menor porte, além de todas as belonaves de apoio requeridas a uma invasão rápida do Brasil pelas forças armadas americanas.

 

  • General Emílio Garrastazu Médici (Arena), à esquerda, aparece ao lado do presidente norte-americano Richard Nixon, em visita aos EUA, em 1971

    General Emílio Garrastazu Médici (Arena), à esquerda, aparece ao lado do presidente norte-americano Richard Nixon, em visita aos EUA, em 1971

A Operação Brother Sam foi um movimento da Marinha norte-americana em apoio aos militares que depuseram o governo João Goulart (PTB), no dia 31 de março de 1964, ou no 1o. de abril

Quando as tropas lideradas pelo general Olímpio Mourão Filho se deslocaram de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, na madrugada do dia 31, havia receio, por parte dos Estados Unidos, de que o golpe falhasse ou que as forças que apoiavam Goulart - inclusive militares - ensaiassem algum tipo de resistência.

Nada disso, porém, aconteceu. O golpe foi bem-sucedido e, da parte do governo, não houve qualquer tentativa de se opor aos participantes do golpe, embora o presidente tivesse sido pressionado por seus apoiadores a ter um papel mais ativo com relação ao levante. Jango, contudo, diante da vitória militar, optou pelo exílio no Uruguai.

As versões da história favoráveis ao presidente dão conta, é claro, de que sua saída do país não ocorreu por medo ou fraqueza, mas, sim, por saber que a resistência poderia levar a uma guerra civil - inclusive, com apoio norte-americano às forças insurgentes. Nesse caso, os Estados Unidos estariam prontos a participar do conflito por meio da Operação Brother Sam.

 

 

O ex-presidente João Goulart (PTB), mais conhecido como Jango, deposto da Presidência da República pelo golpe militar de 1964, na Vila Militar do Rio de Janeiro imagem: Acervo Última Hora

A presença dos EUA na política brasileira

A partir de meados dos anos 1950, o Brasil deu início a uma política externa relativamente independente dos Estados Unidos, o que não significa que o país tenha se afastado dos EUA. A presença norte-americana no Brasil, especialmente na economia, ainda era muito forte. Porém, o governo brasileiro passou a estabelecer contatos também com países que, internacionalmente, eram inimigos declarados dos Estados Unidos - caso de Cuba e da China, ambos comunistas.

Pele 72

Copa do Mundo de 1970: Pelé levanta a Taça Jules Rimet conquistada no México, ao lado do presidente Emílio Garrastazu Médici (Arena). Além da conquista da Copa, no governo de Médici ocorreu um dos períodos de maior repressão e violência da ditadura

Quando pensamos nesses acontecimentos dentro do contexto mais amplo da Guerra Fria, que opôs os Estados Unidos à União Soviética, temos, então, o pano de fundo internacional em que ocorreram os golpes militares na América Latina. Antes de uma intervenção direta, o governo norte-americano optou pela saída diplomática e pelos pesados investimentos na economia de países em que julgava haver perigo de um golpe comunista. Este era o caso do Brasil.

Marcha 64

Multidão se reúne em frente à Catedral da Sé, na região central de São Paulo, durante a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 19 de março de 1964. O movimento foi uma reação do clero conservador, do empresariado e da direita, em geral, contra as reformas do então presidente João Goulart (PTB). O presidente acabou deposto no dia 31 de março no golpe militar

Em um segundo momento, mais radicalizado, a opção foi pelo apoio a grupos civis de direita. Nas eleições de 1962, por exemplo, os Estados Unidos financiaram várias campanhas políticas de civis identificados com o governo norte-americano. Entretanto, a vitória de políticos mais à esquerda, somada a questões internas, precipitou o início da terceira e decisiva fase de participação dos Estados Unidos na política brasileira: o apoio à investida militar contra um governo constitucionalmente eleito.

Frota Broter

A Operação Brother Sam foi desencadeada pelo governo dos Estados Unidos, sob a ordem de apoiar o golpe de 1964 caso houvesse algum imprevisto ou reação por parte dos militares que apoiavam João Goulart (Jango), consistindo de toda a força militar da Frota do Caribe, liderada por um porta-aviões da classe Forrestal da Marinha dos Estados Unidos e outro de menor porte, além de todas as belonaves de apoio requeridas a uma invasão rápida do Brasil pelas forças armadas americanas.

A investida dos EUA contra regimes democráticos

A morte do presidente John Kennedy, em 1963, também representou uma inflexão na política externa dos Estados Unidos. O então secretário assistente de Estado para Negócios Interamericanos dos EUA, Thomas Mann, declararia, já em março de 1964, que "os Estados Unidos não mais procurariam punir as juntas militares por derrubarem regimes democráticos". Estava dada a senha para o golpe contra Goulart.

As articulações para o golpe, contudo, não ocorreram apenas dentro do círculo militar. A perspectiva de intervenção dominava o debate entre políticos civis desde a crise sucessória de 1961, quando à renuncia de Jânio Quadros (PTN) seguiu-se uma grave crise política contra a posse de Jango.

Diante das eleições presidenciais de 1965 e da impossibilidade constitucional para que Goulart se reelegesse, alguns políticos, temendo que o presidente pudesse dar um golpe de Estado, apoiaram a intervenção. Acreditavam que ela seria curta, como garantiria o futuro presidente Castello Branco (Arena). A ditadura, porém, durou bem mais que o planejado pelos insurgentes civis - alguns, inclusive, alcançados pela repressão do próprio regime que haviam defendido.

O deslocamento das tropas norte-americanas

Por uma questão meramente cronológica, a Operação Brother Sam, deflagrada em 31 de março de 1964, nada teve a ver com o golpe contra o governo Jango. Afinal, as tropas norte-americanas não chegariam ao litoral brasileiro a tempo. Serviriam, contudo, para intimidar qualquer forma de resistência e, caso ela de fato ocorresse, aí, sim, apoiar materialmente os militares insurgentes.

A operação consistiu no deslocamento da frota da Marinha norte-americana estacionada na região do Caribe para o litoral brasileiro. O apoio logístico em favor dos golpistas fora solicitado pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, com quem as forças insurgentes já mantinham contatos visando o suporte norte-americano à derrubada do governo Jango.

Os Estados Unidos haviam autorizado o envio de cem toneladas de armas leves e munições, navios petroleiros, uma esquadrilha de aviões de caça, um navio de transporte de helicópteros com 50 unidades a bordo, tripulação e armamento completo, um porta-aviões, seis destróieres, um encouraçado, um navio de transporte de tropas e 25 aviões para transporte de material bélico.

Nem tudo, porém, chegou a ser enviado para o Brasil; e o que foi, nem mesmo foi utilizado. Afinal, não houve qualquer resistência do governo deposto e o golpe superou em muito as expectativas militares.

educacao.uol.com.b

Vitor Amorim de Angelo

Fonte educacao.uol.com.b

  Vitor Amorim de Angelo

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Meias verdades, constroem grandes mentiras

 

Bom dia professora Márcia Ghalyella, interessante o vídeo: “Algumas mentiras sobre escravidão que você acreditou a vida inteira” do “Canal Fatos desconhecidos” que eu desconhecia

Mais a proposta de ter que dar uma resposta, para os alunos do Ensino Fundamental II , do 6 ano de escolaridade de Cubatão-

 

Acabamos de assistir Josiani e eu, somos professores, e a primeira impressão que fica é que esse vídeo não leva as pessoas à pensarem. Traz uma ideia pronta, feita para contestar algo.

Resumindo é uma peça de propaganda, vídeo bem feito tecnologicamente, produção, uma preocupação com o apresentador trazer a mistura racial brasileira. Todo um cuidado e preocupação, e aí vem a pergunta: “Quem está financiando e por quê? ”

O discurso ideológico desse vídeo, é o mesmo da Rede Globo, através do Ali Kamel e seus livros contra as Cotas e colocando os descendentes de africanos escravizados como acomodados e querendo algo indevido como Cotas e Reparações. Isso por si só é uma um debate de várias teses. Fico com as palavras do professor e doutor Milton Santos “A classe média não requer direitos, e sim privilégios. ”

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Uma peça de propaganda transforma meias verdades. Há um documentário sobre as propagandas nazistas antes da guerra, onde Hitler jogava a força e o desenvolvimento econômico e militar da Alemanha nazista da diretora Leni Riefenstahl, as mesmas imagens foram usadas num documentário norte-americano com outra mensagem contra o nazismo dirigidas pelo diretor Frank Capra.

Você pode ver um copo meio cheio, ou meio vazio ou informar que ele está pela metade, ou cheio de ar e líquido. Depende do que você defende, ou se quer que as pessoas desenvolvam o raciocínio e o livre arbítrio.

Copo pela metade

Hoje na historiografia brasileira contestam a visão do historiado Décio Freitas, que escreveu sobre Palmares e a Guerra do Paraguai. Alegam que é uma visão marxista, e o documentário entra nessa linha histórica de revisão. Há controvérsia no que o documentário apresenta no momento que apresenta o copo meio vazio, e as outras versões?

Hoje há revisões históricas de tudo. Questiona-se o papel de Tiradentes, dizem até que não foi enforcado e viveu na numa das Colônias portuguesas na África, questiona-se a existência histórica do “Aleijadinho” e o “History Channel” que muitas vezes é citado como fonte confiável, apresenta documentários questionando a história de Jesus, e até negando sua existência histórica. O canal “Discovery Channel” da mesma empresa apresentou há poucos um documentário “Sereias” sobre a existência de fósseis, um professor doutor apresentado evidências. E tudo falso, o professor doutor um ator, a história das sereias os fósseis uma farsa apresentada aos assinantes do canal como verdadeiro.

Sereias

Pseudo-Documentário Nermaids (Sereias) do Discovery Channel e Animal Planet

Como acreditar num documentário “Algumas mentiras sobre escravidão que você acreditou a vida inteira que usa fontes falsas?

Esse documentário é uma peça de propaganda para justificar as Cotas como indevidas.

Como está a situação dos descendentes dos escravizados, nativos da América e da África hoje no Brasil? Não há necessidade de compensar essa desigualdade histórica?

A escravidão africana e nativa americana foi usada para destruírem impérios e civilizações e tomarem a terra em nome do rei e do papa. Quem foi o papa Alexandre VI (Rodrigo Borgia) que assinou a divisão da América o papa mais corrupto, e devasso da história papal.

Houve escravidão em todos os povos, mas só em dois locais se usou de forma violenta para destruir e depois ocupar as terras, América e África.

Qual a diferença entre imigrantes que vieram para o Brasil e os escravizados ameríndios e africanos? No caso dos imigrantes a força era a unidade familiar (uma família 4 enxadas), no caso dos escravizados era a destruição da família e da cultura para exercer a opressão da escravidão

Esse documentário reforça a ideia com meias verdades, a como fosse mentira a afirmação e luta dos escravizados africanos e indígenas lutando contra a exclusão que vivemos.

Grande abraço Márcia, somos admiradores do seu trabalho

Hugo Ferreira Zambukaki

 

Fontes que podem ser consultadas:

Cinema, Propaganda e Ideologia http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/05/cinema-propaganda-e-ideologia.html

Lá vamos nós de novo: As incansáveis sereias que não morrem jamais

https://calmariatempestade.wordpress.com/2013/05/29/la-vamos-nos-de-novo-as-incansaveis-sereias-que-nao-morrem-jamais/

- Hugo Ferreira Zambukaki, é professor, advogado colaborador de diversas páginas Catorze de Maio, Zambukaki, Zulmira Somos Nós entre outras

- Márcia Ghalyella Professora na Prefeitura de Cubatão e Prefeitura Municipal de Guarujá

Participante da página Leis 10.639/03 e 11.645/08 - Material de apoio ao educador

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Entendendo os 400 anos de escravidão no Brasil

Reflexão sobre a formação da sociedade brasileira

Segundo episódio da série - Lutas doc, "Recursos humanos", volta-se para a escravidão e revela as cicatrizes sociais com suas tensões, ambiguidades e a dificuldade de passar das palavras a atos de transformação.

 

Recursos Humanos lutas

A série Lutas.doc, que faz uma reflexão profunda sobre a história da sociedade brasileira e o papel da violência na formação do povo. Dirigido por Luiz Bolognesi e Daniel Augusto, o documentário tem um ritmo dinâmico e utiliza recursos de animação, trechos de filmes, informação, entrevistas e análise. Os cinco episódios combinam densidade de reflexão com linguagem acessível, uma atração especial para o público jovem.

Grandes pensadores brasileiros, personalidades da política e da cultura do país, além de outros cidadãos, abordam várias facetas da violência no Brasil. Os depoimentos são intercalados por desenho animado. Essa animação é fruto do trabalho diário de uma equipe de 60 profissionais e levou três anos para ser produzido. Com um olhar crítico e ousado, duas dezenas de entrevistados passam em revista a história da sociedade brasileira. Entre eles, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e  Fernando Henrique Cardoso.

Os diretores da série propõem um grande debate e tentam contar a história do Brasil que não se aprende nas escolas.

O mito e o senso comum, segundo o qual o brasileiro é um homem cordial, está no debate, bem como a tese de que o país é um paraíso pacífico e abençoado por Deus.

Segundo episódio da série - Lutas doc, "Recursos humanos":

Lutas. Doc é uma produção da Gullane e da Buriti Filmes.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Viva os 150 anos de Augusto Malta

 

Augusto Malta(1864-1957) um dos mais importantes fotógrafos do Brasil, no final do século XIX e início do século XX.

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Augusto Malta (1864-1957) nasceu em Mata Grande, Alagoas, no dia 14 de maio de 1864. Com 24 anos foi para o Rio de Janeiro, onde tentou várias profissões, todas sem sucesso. Só em 1900, já com 36 anos de idade, tornou-se fotógrafo amador.

Augusto Malta

Registro e memória em imagens. Mais do que registrar em imagens as transformações da cidade, ele foi um grande cronista do comportamento humano e social.

Morro do Pinto

Favela Morro do Pinto, Rio de Janeiro (1912)

Companheiro de Machado Assis na paixão pela rua, foi um andarilho, amante do ser humano em toda a sua riqueza, estranheza e amarguras da vida. Nada lhe escapou o olhar – Carnaval, famílias, trabalhadores, prostituas, funerais, eventos políticos, e claro, seu trabalho mais amplo e conhecido – a invenção da Capital da República. Sim, o Rio de Janeiro tinha deixado de ser a capital do Império.

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REVOLTA DA CHIBATA 1910

“Muito já se falou e publicou sobre os méritos do fotógrafo Augusto Malta, mas queria lembrar que esse alagoano, era um homem de paixões. Paixão pela abolição e República, juntou-se ainda no Nordeste a um grupo pró-república; paixão por desafios, trocou seu meio de transporte – uma bicicleta, por uma máquina fotográfica, arte em que foi auto-didata e, principalmente, paixão por sua prima, Laura, razão pela qual fugiu da família e acabou no Rio. Segundo a lenda familiar num almoço de domingo o patriarca da família Malta de Campos começou a designar o que cada filho seria. Coube a Augusto o papel de padre. Não tinha como. Ele já estava apaixonado pela prima. A solução? Casar e fugir.”

Cortiço

Estalagem localizada na Rua do Senado, 1906.

Nenhum recanto do Rio antigo escapou de suas lentes: os quarteirões condenados, escolas, hospitais, prédios históricos, figuras importantes etc, tudo ficou registrado em seus negativos. Foi Malta quem deu início à reportagem ilustrada sendo, talvez, o primeiro fotógrafo brasileiro a intuir a importância da fotografia como documento e veículo de comunicação com linguagem própria.

Hugo Ferreira Zambukaki

Fontes: Portal Augusto Malta; Wikipédia; e-Biografias; Augusto Malta Revolta da Chibata

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Lincoln ferido mortalmente 14 de abril de 1865

 

Somente uma semana depois da capitulação do general sulista Robert Lee, rendido com seu exército, na Virginia, terminando com a Guerra Civil americana, no dia 14 de abril Abraham Lincoln é ferido mortalmente. John Wilkes Booth, partidário fervoroso dos sulistas atira no presidente que morre na manhã seguinte. Lincoln falece antes de poder assistir à ratificação da 13ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos que aboliu a escravidão

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Atentado Lincoln

Lincoln e a escravidão

Abraham Lincoln é muitas vezes referida como "O Grande Libertador" e, ainda assim, ele não assumiu publicamente a defesa da emancipação durante toda a sua vida. Lincoln começou sua carreira pública, alegando ser "abolicionista" - contra a expansão da escravidão, mas não pedindo emancipação imediata. No entanto, o homem que começou como "abolicionista" finalmente emitiu a Proclamação de Emancipação, libertando todos os escravos nos estados sulistas que estavam em rebelião. Apoiou vigorosamente a 13 ª Emenda, que aboliu a escravidão nos Estados Unidos, e, no último discurso de sua vida, ele recomendou estender o voto aos afro-americanos. Os discursos mostram um dos seus maiores trunfos: A capacidade de mudar sua posição pública sobre a escravidão

Funeral

Abraham Lincoln discursa em sua primeira inauguração em 04 de março de 1861 no Capitólio dos EUA, que ainda estava em construção, em Washington DC -

Uma amizade incomum -

Lincoln & Frederick Douglass

Uma das amizades mais importantes que se desenvolveram durante esse conflito (1861-1865) foi entre o presidente Abraham Lincoln e abolicionista negro Frederick Douglass.

Imediatamente após o início da guerra civil em abril de 1861, Douglass começou a apelar para o uso de tropas negras para combater a Confederação. Defendeu a criação de regimentos negros no exército da União. A primeira preocupação do presidente Lincoln foi a preservação da União, e não aceitou o pedido de Douglass.

escravo

Escravo açoitado na Lousian, fugiu e foi lutar contra os Confederados (Sulistas 1863)

Lincoln acreditava no principal objetivo do Norte era preservar a União e não acabar com a escravidão. Ele proclamou:

" Meu objetivo primordial nesta luta é salvar a União, e não entre resguardar ou destruir a escravidão. Se eu pudesse salvar a União sem libertar qualquer escravo, eu o faria, e se eu pudesse salvá-la libertando a todos, eu o faria; e se eu pudesse salvá-la libertando alguns e deixando outros, eu também o faria. O que eu faço referente à escravidão, e à raça de cor, faço porque acredito que ajuda a salvar a União; e ao que se dá minha resistência é porque acredito que não ajudará ...”

APOIO À LINCOLN

Apesar da política pró-escravidão aparente da administração Lincoln, Douglass foi fervoroso trabalhando e apoiando o Presidente. Sábio o suficiente para entender que, se Lincoln no início, havia declarado sua política, não só para salvar a União, mas também para libertar os escravos, senão nada se conseguiria. Nos discursos Douglass enfatizava "a missão da guerra foi a libertação dos escravos, assim como a salvação da União. Reprovava o Norte que lutava só com uma mão contra a escravidão, enquanto podiam lutar de forma mais eficaz com as duas.

Apelou tanto que a guerra assumiu uma atitude antiescravagista e os negros foram convocados para lutar ao lado da União.

VISITA LINCOLNFrederick Douglass appealingPresident LincolncabinetEnlistBlacks,William Edouard Scott-600

Em julho de 1863, Douglass se reuniu com Lincoln na Casa Branca para aliviar o sofrimento que as tropas negras estavam sofrendo como cidadãos de segunda classe. Foi inédito para um homem negro ir à Casa Branca com uma queixa. Mas tinha muitos amigos e admiradores influentes em Washington, caminho aberto e seguro para dialogar com Lincoln. Logo descobriram que tinham muito em comum. Douglass feito um caminho longo e difícil a partir de escravo em Maryland, e Lincoln um espinhoso caminho da vida dura e áspera no Kentucky, para o alto cargo de Presidente. Um grande demais para ser um escravo, e o outro nobre demais para permanecer, em uma crise como nacional, um cidadão privado.

Antes do final da guerra, muitos soldados negros recebiam igualdade de remuneração e promoções. Durante os últimos dois anos da guerra cerca de 200 mil afro-americanos serviram em regimentos da União. Tendo chance de lutar, os negros se mostraram tão corajoso como ninguém. Mais de 30.000 morreram lutando pela liberdade e pela União (Norte).

Fontes:National Park Service, William Connery e Wikepedia