sexta-feira, 29 de abril de 2011

Roma Civilização Romana 1

Monarquia e República
Roma Antiga é a civilização na península Itálica durante o século VIII a.C. a partir da cidade de Roma. Nos doze séculos de existência, a civilização romana transitou da Monarquia para uma República Oligárquica até se tornar num vasto Império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural.
Vários fatores sócio-políticos causou o seu declínio, e o império foi dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida, pelos historiadores modernos, como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada para demarcar o início da Idade Média.
1. LOCALIZAÇÃO: Península Itálica.
clip_image002
2. Modo de Produção Escravista.
3. TEORIAS DE FORMAÇÃO:
clip_image004
Teoria Mitológica: lenda de Rômulo e Remo.
O Mito da fundação de Roma
Lenda: Roma foi fundada no ano 753 a.C. por Rômulo e Remo, filhos gêmeos do deus Marte e da mortal Rea Sílvia. Ao nascer, os dois irmãos foram abandonados junto ao rio Tibre e salvos por uma loba, que os amamentou e os protegeu. Por fim, um pastor os recolheu e lhes deu os nomes de Rômulo e Remo. Depois de matar Remo numa discussão, Rômulo deu seu nome à cidade. A história, por sua vez, nos diz que algumas tribos de origem sabina e latina estabeleceram um povoado no monte Capitolino, junto ao rio Tibre.
OBRA: Eneida (Virgílio).
Teoria Histórica: Fusão de povos:
  • Lígures e Sículos (autóctones);
  • Italiotas (indo-europeus);
  • Etruscos (norte/centro): militarismo.
  • Latinos (centro): língua.
  • Gregos (sul / 2ª Diáspora): mitologia.
Séc. VIII a.C.: Romum (“cidade do rio”): fortificação militar latina fundada às margens do rio Tibre para conter invasões etruscas deu origem à cidade de Roma.
4. ETAPAS HISTÓRICAS:

clip_image006

 

4.1. MONARQUIA: 753 a.C. – 509 a.C.


Período lendário, Roma foi governada por sete reis que tinham poder absoluto. O Senado, formado por chefes de família, os aconselhava. Por volta de 575 a.C., os reis etruscos dominaram Roma e influenciaram decisivamente o início da civilização romana. Ditaram leis prudentes em favor do artesanato e do comércio, com os quais Roma adquiriu grande importância. Aos poucos, porém, esses reis deram lugar a outros monarcas, violentos e tirânicos, que desprezavam as opiniões do Senado.

· Domínio Etrusco  7 reis lendários.

  • · Falta de fontes escritas = história baseada em mitos.
  • · Origem: genos/Paters.
  • · Crescimento demográfico = escassez de terras = Propriedade Privada.
  • Sociedade: Censitária.
  • Patrícios: latifundiários.
  • Plebeus: “homens livres”, artesãos e pequenos proprietários.
  • Clientes: “agregados” dos Patrícios.
  • Escravos: nº reduzido.

· 509 a.C.: Revolta Patrícia:

· Patrícios + Clientes + Plebeus X Etruscos.
· Causa: tentativa etrusca de confisco das terras patrícias.
· Resultado: Vitória patrícia
· FIM DA MONARQUIA.
clip_image008
4.2. REPÚBLICA: 509 a.C. – 27 a.C.

Sociedade

Patrícios e plebeus

  • Os cidadãos livres se dividiam em patrícios e plebeus.
  • Patrícios eram os descendentes das famílias dos antigos chefes tribais. No início da República, eles constituíam a classe dirigente.
  • Plebeus não tinham linhagem aristocrática e não possuíam direitos políticos.
  • No século III a.C., após as guerras, surgiram novas camadas sociais: cavaleiros ou homens novos (plebeus enriquecidos no comércio) e clientes (dependentes dos patrícios). A partir daí, a organização social já não se estabelecia em função do nascimento, mas sim da riqueza.
A república e seus magistrados
As famílias patrícias que formavam o Senado, temerosas de perder seu poder diante da tirania dos reis, os expulsaram e proclamaram a República. Esta se baseava em três órgãos: o Senado, os magistrados e as Assembléias, simbolizados pela conhecida sigla S.P.Q.R. (Senatus Populusque Romanus, ou seja, "Senado e povo romano").
O trabalho dos escravos
Com as guerras de expansão, os escravos em Roma eram muito numerosos. Não eram considerados seres humanos, mas sim propriedades e, portanto, eram explorados e vendidos como mercadorias. Seu trabalho, no artesanato e na agricultura, era decisivo para a produção de bens necessários para a sociedade. Podiam comprar a sua liberdade ou então serem libertados pelo proprietário. A partir do século II a.C., sucederam-se diversas rebeliões de escravos, como a comandada por Espártaco.
O exército romano
Centurião 70_aC Centurião 70 a.C.
  • O Império Romano dependia de um exército forte e bem organizado, que realizava as campanhas de expansão e defendia as fronteiras.
  • Os legionários eram à base do exército romano; a maioria deles eram voluntários.
  • Para entrar no exército era imprescindível ser cidadão romano. O exército estruturava-se em legiões de seis mil soldados, cada uma dividida em dez cortes.
A religião romana
  • Religião romana formada combinando diversos cultos e várias influências. Crenças etruscas, gregas e orientais foram incorporadas aos costumes tradicionais para adaptá-los às novas necessidades do povo.
  • O Estado romano propagava uma religião oficial que prestava culto aos grandes deuses de origem grega, porém com nomes latinos, como por exemplo, Júpiter, pai dos deuses; Marte, deus da guerra, ou Minerva, deusa da arte. Em honra desses deuses eram realizadas festas, jogos e outras cerimônias.
  • Os cidadãos, por sua vez, buscavam proteção nos espíritos domésticos, chamados lares, a quem rendiam culto dentro de casa. O Edito de Milão de Constantino estabeleceu a liberdade de culto aos cristãos, encerrando as violentas perseguições. No século IV d.C., o cristianismo tornou-se a religião oficial, por determinação do imperador Teodósio.
A cidade de Roma no século I a.C.
  • No século I a.C., Roma passou por uma transformação espetacular, tornando-se uma cidade repleta de confortos, com casas comerciais, jardins e edifícios monumentais.
  • Construíram-se numerosas residências e locais de diversão – como o Coliseu –
  • Feitas grandes melhorias no sistema de esgotos e nos aquedutos da cidade.
Maquete de Roma antiga

A arte romana
  • Inspirada no modelo grego, a arte romana incorporou as formas e as técnicas de outras culturas do Mediterrâneo.
    Roma destacou-se na arquitetura com grandes edifícios privados e públicos.
  • Privados, incluem-se as casas e as residências coletivas.
  • Públicos dividem-se em religiosos (templos), administrativos e comerciais (basílicas) e lúdicos (teatro, anfiteatro e circo).
  • O espírito prático de Roma reflete-se no urbanismo e nas grandes obras de engenharia, como estradas e aquedutos.
 

REPÚBLICA: 509 a.C. – 27 a.C.

  • Definição: res + publicus: “coisa do povo”
  • Estado: bem público.
  • Função: bem comum.
  • Ruptura com a estrutura monárquica (Estado = Rei).
  • Estrutura administrativa do aparato estatal.
  • Não é democrático (participação censitária).
  • Principal Característica: Lutas sociais (Patrícios X Plebeus).
  • Questão Agrária.
· Reformas Legislativas:
494 a.C.: Greve geral dos Plebeus (Monte Sagrado).
490/471 a.C.: Criação dos Tribunos da Plebe.
  • 10 plebeus.
  • Poder de veto sobre o senado.
450 a.C.: Decênviros:
  • Criação da Lei das XII Tábuas.
445 a.C.: Lei Canuléia:
  • Fim da proibição de casamento entre patrícios e plebeus.
367 a.C.: Lei Lícinia-Sextia:
  • Divisão das terras conquistas entre os plebeus.
  • Exigência de um cônsul plebeu.
367 a.C.: Fim da escravidão por dívidas.
284 a.C.: Lei Hortênsia:
  • Os plebiscitos passam a ter poder de lei.
Problema: como conseguir mais escravos com a proibição da escravidão por dívidas?
Solução: expansão militar.
Guerras = prisioneiros de guerra = escravos (bárbaros).
PROJETO: Mare Nostrum (conquista do Mar Mediterrâneo).
 

· 264-164 a.C.: Guerras Púnicas: Roma X Cartago.

  • Três guerras.
  • Vitória romana.

· Conseqüências:

  • Expansão territorial: latifúndios (Patrícios/Generais = donos de terras).
  • Aumento do Escravismo: Êxodo rural.
  • Colonialismo: abastecimento e controle da inflação.
  • Empobrecimento dos plebeus.
131-121 a.C.: Tentativa de Reforma Agrária.
  • Irmãos Gracos

     

  • Tibério e Caio Graco

  •  

  • Irmãos Graco: tribunos da plebe. 

 

131-132 a.C.: Tibério Graco: autor da Lei Agrária.

  • Divisão do Ager Publicus (terras conquistadas/fronteiras)
  • Limite de terras: 310 hectares.
  • OBJETIVO: reduzir a pobreza e ocupar as fronteiras (proteção).
  • Descontentamento de patrícios e generais.
  • Assassinato de Tibério.

123-121 a.C.: Caio Graco:

  • Recoloca em votação a Lei agrária.
  • Cria a Lei Frumentária:
  • Subsídio estatal ao preço do trigo.
  • OBJETIVO: reduzir o preço do pão.
  • Oposição: patrícios e generais.
  • Caio se suicida após um golpe de estado fracassado.
121-110 a.C.: Revoltas Plebéias.
  • Descontentamento com a falta de terras e direitos políticos por parte dos plebeus.
  • Partido Aristocrático X Partido Popular.
  • Guerra Civil / Instabilidade social.

110-79 a.C.: Ditadura.

Objetivo: controlar as revoltas plebéias.
  • Ditadores: generais que aproveitam o contexto de instabilidade social para permanecerem no poder além do tempo permitido pela Ditadura (seis meses).

1º Ditador: General Mário (110-86 a.C.):

  • Retira o poder do Senado.
  • Abertura do exército aos plebeus (profissionalização do exército).
  • Criação do soldo: pagamento de salarium para os soldados por parte dos generais.
  • Aposentadoria militar: terras aos soldados que cumprissem 25 anos de serviço.
  • Vínculo: generais + soldados (plebeus).
  • Manteve o poder pela violência falece em 86 a.C.

2º Ditador: General Sila (82-79 a.C.):

  • Apoiado pelos patrícios.
  • Persegue os seguidores de Mário.
  • Conservador, restaurou o poder ao Senado.
  • 79 a.C.: aposentadoria de Sila = fim da ditadura.

73-71 a.C.: Revolta dos Escravos.

spartacus_the_slaves_revolt
  • Líder: Spartacus.
  • Exército: controla a revolta através do comando do General Crasso.
  • Resultado: fortalecimento do exército e da posição de comando dos generais sobre a República.

70 a.C.: Eleição de dois generais para os cargos de Cônsules:

  • Crasso
  • Pompeu (controlou a revolta de Sertório).

69 a.C.: Revolta patrícia de Catilina: visava restaurar o poder do Senado.

Crasso e Pompeu: aliam-se a Júlio César, sobrinho e herdeiro do General Mário.
OBJETIVO: ganhar apoio dos plebeus.
RESULTADO: criação do Triunvirato (três generais no poder).
 

60-31 a.C.: Triunviratos:


1º Triunvirato (60-49 a.C.):

  • Júlio César (plebeus) + Pompeu (patrícios) + Crasso
54 a.C.: Morte de Crasso.
54-49 a.C.: Júlio César X Pompeu.
Vitória de César (Batalha do rio Rubicão).
Julio Cesar
 

49-44 a.C.: Principado de César:

  • Centralização do poder na figura de César.
  • Títulos obtidos: Cônsul vitalício, 1º Cônsul, Ditador Perpétuo e Princeps (1º cidadão).
  • Oposição dos patrícios: assassinato de César em 44 a.C.
RESULTADO: oposição da plebe e do exército ao golpe patrício.
 

2º Triunvirato (44-31 a.C.)

  • Marco Antônio (plebeus) + Otávio (patrícios) + Lépido.
33 a.C.: Lépido é afastado do cargo de Triunviro por Otávio.
33-31 a.C.: Marco Antônio X Otávio.
  • Questão do Egito: oposição do exército romano à aproximação de Marco Antônio com Cleópatra.
  • RESULTADO: vitória de Otávio (Batalha de Actium).
31-27 a.C.: Principado de Otávio
Imperador Otavio
Centralização de poderes nas mãos de Otávio.
Títulos obtidos:
  • Princeps Senatus (1º senador);
  • Tribuno da Plebe;
  • Sumo Pontífice;
  • Imperator (chefe supremo do exército)
Augustus (deus vivo).

27 a.C.: Otávio Augustos: 1º Imperador Romano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário