terça-feira, 30 de novembro de 2010

Reprovado na Fuvest e no Enem!

Ontem li o excelente artigo “Prova da Fuvest é para quem estuda em escola particular”
Prova da Fuvest é para quem estuda em escola particular
foi o que me deu força para continuar minha jornada como educador e professor de cursinho.

Educador analisa o Enem, os vestibulares e o ensino brasileiro
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Deixei meu comentário e é importante que se participe no IG. Abra-se uma discussão sobre a necessidade de mudanças no Enem e nos vestibulares.


http://ultimosegundo.ig.com.br/colunistas/mateusprado/prova+da+fuvest+e+para+quem+estuda+em+escola+particular/c1237841966116.html#comentarios
 
 
Mateus concordo plenamente com suas colocações. Sou professor de história num cursinho comunitário para jovens carentes, e sinto-me reprovado no sistema educacional brasileiro. O resultado de meus alunos é o nosso resultado como educadores.
Aprofunde mais a questão: Por que vestibulares?
Minha geração que foi para as ruas, nas batalhas da Rua Maria Antônia nos anos da ditadura, e hoje está no poder terá uma resposta para a crise educacional?
Dilma e Zé Dirceu se lembrarão dos antigos movimentos estudantis?
No final dos anos 60 e 70, tínhamos a praga dos alunos “excedentes”, conheci amigos que ficaram sete ou oito anos fazendo exames vestibulares e não conseguiram vaga.
A França e Portugal, sem vestibulares era a utopia desejada.
Uma amiga, ex-aluna da USP, hoje (2010) está tentando fazer pós-graduação na USP. O desejado “futuro pretenso orientador”, que ela procurou propôs que ela freqüentasse o curso de pós durante dois anos como “OUVINTE”. Depois ele veria a possibilidade dela participar. Claro sem compromissos...
A USP está ou é fechada as para classes populares. O que me estimula é que vi há poucos um documentário sobre o etnólogo francês Lévis-Strauss (TV Senado), mostrando a trajetória dele na consolidação da criação da USP. Quando convidado para continuar, num segundo contrato ele recusou, e foi ao interior pesquisar tribos indígenas. Hoje ele encontraria “os mesmos índios” morando na favela do Real Parque.
Lévis-Strauss deixou a USP, resposta intelectual burguesa, a perda da revolução de 32 aos filhos dos fazendeiros de café.
Preferiu os índios aos “fazendeiros do ar” filhos burgueses. Pena, talvez se ele continuasse como professor a USP, hoje seria outra universidade.
“Tristes Trópicos”...
Um abraço
Força e Fé
Hugo

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